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Alemanha tem a maior usina solar do mundo

(am)29 de abril de 2003

A maior usina elétrica com técnica fotovoltaica do mundo começou a operar em Hemau, na Baviera, nesta terça-feira (29). Ela cobre a demanda de eletricidade dos 4.600 habitantes da cidade.

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Montagem dos coletores solares em HemauFoto: AP

O sol fornece diariamente uma quantidade de energia capaz cobrir toda a demanda energética da Terra durante um prazo de oito anos. Esse potencial ainda permanece praticamente inaproveitado. Nos últimos anos, porém, a exploração da energia solar, através da técnica fotovoltaica, começou a expandir-se rapidamente em todo o mundo, atingindo taxas de crescimento de até 30%.

Na Alemanha, grandes instalações fotovoltaicas foram construídas sobretudo no sul do país – em especial na Baviera, a mais ensolarada das regiões alemãs. O mais recente projeto é o de Hemau, cidadezinha localizada nas proximidades de Regensburg e que conta agora com uma atração superlativa: a maior usina elétrica solar do planeta.

Aplicação segura

Um total de 32.740 coletores solares, compostos de células fotovoltaicas, foram instalados num antigo depósito militar, somando uma capacidade de produção de eletricidade da ordem de 4 milhões de quilowatt/hora por ano. Segundo a empresa Voltwerk, proprietária da usina, a quantidade de corrente elétrica fornecida pela instalação fotovoltaica é suficiente para suprir a demanda de uma cidade com 4.600 habitantes como Hemau, onde está localizada.

O projeto custou um total de 18,4 milhões de euros. A Voltwerk busca agora investidores interessados em aplicar pelo menos 5000 euros na usina de Hemau, prometendo um rendimento de 7% ao ano. São os mais elevados dividendos que se pode obter no setor da energia solar, no momento, afirma o porta-voz da empresa, Christoph Marx.

O faturamento da empresa pode ser calculado com grande exatidão nas próximas décadas. A Lei das Energias Renováveis obriga as empresas distribuidoras de eletricidade a comprar a corrente elétrica produzida nas instalações fotovoltaicas, durante 20 anos, pelo preço fixo de 45,7 centavos de euro por quilowatt/hora.

Subvenção pelos consumidores

Contudo, o faturamento da usina solar é subvencionado indiretamente pelos consumidores, através de um aumento do preço da eletricidade fornecida pelas distribuidoras. Pois o custo da energia fotovoltaica é três ou quatro vezes mais alto que o da eletricidade produzida pelas usinas termelétricas. Christoph Marx acredita que esta situação deve mudar pouco a pouco: "Creio que dentro de dez a quinze anos estaremos produzindo a preço de mercado."

A técnica fotovoltaica mostra-se interessante sobretudo para as regiões com carência de infra-estrutura, onde é mais barato montar um parque de coletores solares do que construir uma usina de eletricidade. Em todo o mundo, tem crescido por isto rapidamente a produção de células fotovoltaicas. O volume global produzido no ano passado tem uma capacidade de gerar 440 milhões de quilowatt/hora – o suficiente para suprir a demanda de eletricidade de uma cidade como Leipzig, com meio milhão de habitantes.