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Alemanha vence Paraguai em jogo de paciência

Marcio Weichert15 de junho de 2002

Gol da vitória saiu apenas aos 43 minutos do segundo tempo, em jogada de parceiros do Bayer Leverkusen. Pela primeira vez, um negro jogou pela Seleção Alemã numa Copa do Mundo.

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Neuville (dir.) comemora o gol, enquanto Chilavert vai buscar a bola no fundo da redeFoto: AP

Com um gol de Neuville aos 43 minutos do segundo tempo, a Alemanha derrotou o Paraguai, neste sábado, em Seogwipo (Coréia do Sul), e classificou-se para as quartas-de-final da Copa do Mundo. Seu próximo adversário será o vencedor da partida de segunda-feira entre México e Estados Unidos.

Em relação às partidas anteriores, o técnico alemão Rudi Völler fez quatro alterações na equipe. Três delas obrigadas pelas suspensões de Ramelow, Ziege e Hamann. No lugar deles, jogaram Jeremies, Metzelder e Rehmer. No ataque, o treinador optou desta vez por deixar o gigante Jancker no banco e escalou o rápido Neuville.

Sem pressa

– A partida foi, desde o início, um jogo de paciência. Pela primeira vez, a Alemanha não mostrou pressa em abrir vantagem. Com a defesa formada por quatro homens, como queriam os jogadores, o time mostrou-se bem mais estável, mas também menos ofensivo. Tanto alemães quanto paraguaios rolavam a bola estudando cada jogada, buscando brechas nas marcações adversárias.

Com isto, poucas chances de gol foram criadas. Embora a Seleção Alemã atacasse mais, o time fracassava nas conclusões, enquanto o Paraguai, ao menos, levava mais perigo em suas raras oportunidades, apesar de, desde os 29 minutos, jogar sem seu principal atacante. Roque Santa Cruz deixou o campo com uma distensão na coxa.

Mudanças

– No intervalo, Rudi Völler tirou Rehmer, que fazia sua primeira partida após três meses parado devido a uma lesão. Sem ritmo de jogo, o lateral, escalado como zagueiro, apresentava-se como o ponto frágil da defesa. Diante do pouco perigo do ataque paraguaio, o treinador pôs no lugar de Rehmer o zagueiro Kehl, de 22 anos, na posição de líbero, devolvendo à defesa a formação com três homens (além dele, Linke e Metzelder) e adiantando Frings.

A equipe alemã ficou mais ofensiva, mas a paraguaia mantinha-se igualmente firme. Somente aos 8 minutos, o artilheiro Klose conseguiu cabecear sua primeira bola, sem perigo. Aos 14, nova mudança na zaga alemã. Com o tornozelo atingido por um adversário, Metzelder não tinha mais condições de seguir em campo e cedeu seu lugar a Baumann, sem prejudicar o desempenho da defesa.

O gol

– Aos 43 minutos, Schneider subiu pela direita e cruzou com precisão para Neuville. Seu colega do Bayer Leverkusen bateu de primeira, abriu e definiu o placar: 1 a 0. Pouco depois, num lance sem bola, Ballack calçou Acuna, que retribuiu com uma cotovelada. O alemão ganhou cartão amarelo e o paraguaio, vermelho. Mas a expulsão não influenciou mais o destino do jogo.

Já nos descontos, para gastar tempo, o técnico Völler substituiu Neuville por Asamoah, escrevendo mais uma página na história do futebol. Pela primeira vez, um negro vestiu a camisa alemã numa Copa do Mundo. Entre amistosos e Eliminatórias do mundial, o polivalente jogador do Schalke já havia atuado em 11 partidas da Seleção Alemã.

Alemanha

: Kahn; Frings, Rehmer (Kehl), Linke e Metzelder (Baumann); Schneider, Jeremies, Ballack e Bode; Neuville (Asamoah) e Klose.

Paraguai

: Chilavert; Arce, Gamarra, Ayala, Caniza e Cáceres; Struway (Cuevas), Acuna e Bonet (Gavilan); Cardozo e Santa Cruz (Campos).