Alemanha é o segundo país do mundo em e-business
31 de janeiro de 2002A economia alemã demonstrou um acelerado crescimento na utilização da rede mundial de computadores para a realização de negócios nos últimos três anos. O impulso dos executivos alemães aos benefícios do mundo virtual colocou o país à frente dos Estados Unidos na utilização de videoconferências e troca de documentos e mensagens por e-mail com seus fornecedores e parceiros.
A Alemanha está atrás da Finlândia, mas à frente dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Itália. Uma pesquisa realizada a pedido do Ministério da Economia mostrou que nove de cada dez empresas alemãs têm acesso à internet. O estudo revelou que 86% das firmas usam e-mail e dois terços possuem uma página de entrada na rede.
O levantamento também apontou que metade das empresas realizam encomendas regularmente pela internet e 20% delas vendem seus produtos pela rede. Em 1999 a economia da Alemanha ainda estava muito aquém destes números.
Os bons resultados do estudo levam o governo a crer que em poucos anos apenas 5% das pessoas jurídicas não estarão usando a internet no seu cotidiano. Além disso, 20% dos executivos esperam se tornar usuários ativos da internet, ou seja, realizar todas as compras e vendas, bem como se comunicar através da rede mundial de computadores.
Parecem estar superadas, de acordo com a pesquisa, as enormes diferenças existentes em 1999 entre grandes e pequenas empresas, firmas de cidade grande e outras do campo, bem como oeste e leste da Alemanha. A internet está cada vez mais acessível e fazer uso da nova tecnologia é quase apenas uma opção. Nenhum meio de comunicação se desenvolveu tão rápido na história da Alemanha como a internet.
Segundo o ministro da Economia, Werner Müller, os resultados positivos devem servir de argumento para um incentivo cada vez maior do desenvolvimento dos negócios e comércio eletrônico no país. Apesar do otimismo, o ministro ainda acha que, em determinados pontos, os números precisam melhorar.
Os empresários alemães ainda relutam em usar os serviços de videoconferência, por exemplo. Enquanto 25% dos executivos finlandeses e 22% dos americanos já realizam reuniões virtuais, os alemães ainda são tímidos. Apenas 8% das empresas utilizam este meio de comunicação. Após os atentados terroristas de 11 de setembro, o medo de voar, principalmente dos empresários americanos, deu um certo impulso para o setor.