Amazon abre supermercado sem caixas registradoras

A empresa de comércio digital Amazon abriu nesta segunda-feira (22/01) nos Estados Unidos o seu primeiro supermercado sem caixas registradoras, conhecido como Amazon Go e localizado ao lado da sua sede, em Seattle. A loja oferece principalmente alimentos e bebidas, como sanduíches, saladas, chocolate, queijos e refrescos.

Pessoas que tiverem o app do mercado no seu celular poderão entrar no local e escolher os produtos enquanto caminham pela loja, que tem 170 metros quadrados. Os clientes podem pegar os produtos direto das prateleiras e levá-los consigo. Os produtos são automaticamente incluídos numa conta online do cliente. Se forem repostos na prateleira, são excluídos da conta.

O mercado abriu nesta segunda-feira para o público em geral, depois de uma fase de testes na qual apenas funcionários da Amazon podiam fazer compras. A abertura estava prevista para março de 2017, mas problemas técnicos revelados pelos testes levaram ao atraso.

Para seu funcionamento, a loja depende de um sistema que utiliza câmeras, sensores e inteligência artificial. A tecnologia é semelhante à dos carros que andam sem motorista.

O vice-presidente de tecnologia da Amazon Go, Dilip Kumar, disse ao Wall Street Journal que os empregados "treinaram" a tecnologia, baseada na inteligência artificial, para que funcione corretamente, depois de problemas técnicos revelados no início.

Câmeras, sensores e algoritmos que seguem os compradores e rastreiam os produtos falhavam quando havia muita gente ou quando as pessoas se moviam rapidamente, explicou Kumar.

Depois de o sistema aprender com os empregados, ele passou a identificar melhor os compradores e seus padrões de comportamento.

Segundo a empresa, para comprar no mercado é necessário ter uma conta da Amazon e o app da Amazon Go instalado num telefone celular iPhone ou Android recente.

Ao entrar na loja, o cliente passa seu telefone num scanner e, assim, é representado pelo sistema como um objeto 3-D. O sistema usa câmeras para seguir os movimentos das pessoas e identificar suas interações com os produtos. Kumar destacou que não se faz uso de tecnologia de reconhecimento facial.

Apesar de não haver caixas, há pessoas trabalhando na loja, por exemplo na reposição de produtos, no preparo de comida e também para ajudar consumidores.

AS/efe/ap/afp