Apresentada radiografia da saúde dos alemães
19 de setembro de 2006Desde a unificação entre a Alemanha Ocidental e a Oriental, em 1990, a expectativa média de vida da população alemã aumentou em 3,3 anos (81,6 anos para as mulheres e 76 anos para os homens).
A informação consta do relatório Saúde na Alemanha, feito pelo Instituto Robert Koch e apresentado em Berlim pela ministra da Saúde, Ulla Schmidt, nesta segunda-feira (18/09). Trata-se do segundo relatório sobre o comportamento dos alemães em relação a sua saúde, desde 1998.
Embora o consumo de álcool e o hábito de fumar tenham cada vez menos adeptos, a ministra ainda considera os números muito elevados: 16% das mulheres e 33% dos homens consomem álcool acima da média (10,2 litros no ano de 2003, considerando o teor alcoólico da bebida consumida). Mais de 30% dos adultos fumam e, enquanto o número de mulheres fumantes aumenta, o de homens diminui.
O estudo apontou também que, apesar de parte da população questionada alegar que começou a praticar mais exercícios físicos, a metade das mulheres e um terço dos homens no país têm excesso de peso. Por outro lado, 30,7% das pessoas empregadas disseram ter problemas de saúde. Entre os desempregados, este índice é de 48,3%.
Alta concentração de profissionais
O relatório apontou uma série de curiosidades, como o fato de a dentição infantil ser uma das mais sadias em nível internacional. Também a concentração de médicos, dentistas e leitos hospitalares é muito mais alta dos que nos países vizinhos.
Em relação aos gastos públicos com saúde, os 11,1% do PIB investidos no setor estão entre os mais elevados da Europa, sendo superados apenas pelos da Suíça. Por outro lado, os gastos per capita com saúde aumentaram nos últimos anos abaixo da média européia.