Principais notícias sobre a pandemia de coronavírus (12/04)
12 de abril de 2020Resumo deste domingo (12/04):
- Mundo tem mais de 1,8 milhão de casos confirmados e 113 mil mortes
- Boris Johnson deixa hospital em Londres
- Itália registra menor número de mortes desde 19 de março
- Brasil tem 22.169 casos confirmados e 1.223 mortes, segundo o Ministério da Saúde
- Mais recuperados do que casos ativos de infectados na Alemanha
Transmissão encerrada. As atualizações estão no horário de Brasília:
18:24 - Áustria tem mais pacientes curados da covid-19 do que doentes e mortos
Pela primeira vez desde o início da pandemia, Áustria tem mais pacientes curados do que infectados com covid-19
A Áustria registrou neste domingo mais pessoas recuperadas da covid-19 do que a soma de pacientes doentes ou mortos. Autoridades apontaram que o país contabilizou desde o início da pandemia 13.945 casos de covid-19. Neste grupo, 6.987 pessoas já se recuperaram. Outras 350 morreram e 6.608 ainda continuam doentes.
Com cerca de 8,5 milhões de habitantes, a Áustria decretou quarentena em 10 de março, fechando escolas e suspendendo eventos públicos. Com a melhora nos números, o país já planeja reabrir todas as lojas no início de maio. Parte do comércio não essencial já deve reabrir parcialmente na semana que vem. No entanto, eventos públicos devem ficar suspensos por mais tempo, até pelo menos o final de junho.
O governo, no entanto, já avisou que pode reverter o relaxamento se os casos voltarem a crescer de maneira significativa.
O país também vai estender na semana que vem regras que obrigam o uso de máscaras em supermercados também para o transporte público.
Também neste domingo, a Alemanha anunciou números animadores parecidos com os austríacos. Segundo o Instituto Robert Koch (RKI), a agência de controle de doenças da Alemanha, até às 8h30 deste domingo, o país contabilizava 122.141 infecções, 2.730 mortos, 60.200 pessoas recuperadas e 59.211 contaminados.
Essas 60.200 pessoas que demonstraram ter contraído o coronavírus e estão agora totalmente saudáveis e recuperadas representam quase mil pessoas a mais do que o número atual de infecções ativas comprovadas.
O número de recuperados alemães, no entanto, ainda é levemente inferior à soma de mortos e de pacientes que ainda continuam doentes.
17:20 - Brasil registra mais 99 mortes por covid-19; total chega a 1.223
Novo balanço do Ministério da Saúde divulgado neste domingo aponta que o total de mortes por covid-19 no país chegou a 1.223.
Mais 99 mortes foram oficialmente contabilizadas nas últimas 24 horas. No sábado, haviam sido contabilizadas mais 68 mortes.
O total de casos de infecção no Brasil também cresceu: agora são 22.169 – 1.442 a mais, um crescimento de 7%.
São Paulo permanece na liderança de número de casos, com 8.755 infectados e 588 mortes. O Rio de Janeiro aparece em seguida, com 2.855 casos e 170 óbitos.
16:00 - Banco Mundial prevê queda de 5% no PIB brasileiro em 2020
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deverá registrar uma retração de 5% em 2020, segundo uma projeção do Banco Mundial publicada neste domingo no relatório “A economia nos tempos da Covid-19”, que aborda os impactos da pandemia de covid-19 na América Latina e no Caribe.
Se a previsão for confirmada, será a maior retração desde 1962, quando teve início a série histórica disponibilizada pelo Banco Central. A retração seria maior até do que a de 1981, a pior da série, quando o PIB brasileiro teve queda de 4,39%.
Para a região como um todo, incluindo os países caribenhos, a previsão do Banco Mundial é de uma retração de 4,6% em 2020. Dos 26 países analisados no relatório, apenas dois (Guiana e República Dominicana) não tem previsão de entrar em recessão em 2020.
Por outro lado, a previsão para o Brasil é mais otimista para 2021, como uma expectativa de retomada, com crescimento de 1,5%, seguido de outro aumento de 2,3% em 2022.
O Banco Mundial afirma, porém, que as previsões podem mudar a depender da evolução da pandemia.
15:20 – Idosos podem ter que permanecer em isolamento até 2021, diz presidente da Comissão Europeia
Os idosos da União Europeia podem ter que permanecer isolados até o próximo ano para se protegerem do coronavírus, alertou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Em entrevista publicada neste domingo pelo tabloide alemão Bild, Von der Leyen advertiu que enquanto não houver uma vacina "é preciso limitar, tanto quanto possível, os contatos dos idosos", em particular em relação àqueles que vivem em lares, até que uma vacina contra o Covid-19 seja desenvolvida.
A Europa é o continente mais afetado pela pandemia, concentrando metade de todos os casos de infecção oficialmente registrados no mundo e quase dois terços das mortes.
"Sei que é difícil e que o isolamento pesa, mas é uma questão de vida ou de morte. Devemos nos manter disciplinados e pacientes", disse a presidente.
A líder da UE expressou ainda confiança de que um laboratório europeu desenvolva uma vacina até o final de 2020. “Para garantir que as pessoas possam ser vacinadas rapidamente, já discutimos com os produtores sobre as capacidades globais de produção”, acrescentou.
Para Von der Leyen, "as crianças e os jovens desfrutarão mais cedo da liberdade de movimento que os mais velhos e aqueles que têm condições médicas pré-existentes".
15:00 - França registra mais 315 mortes; total chega a 14.393
A França registou 315 novas mortes em hospitais nas últimas 24 horas devido à pandemia de covid-19, anunciou a Direção-Geral da Saúde do país. Com isso, o total de mortos na França chegou a 14.393 desde 1 de março,
Segundo comunicado das autoridades, ocorreram desde o início da pandemia 9.523 mortes em hospitais e 5.140 mortes lares de idosos. O país regista atualmente 95.403 casos confirmados de covid-19.
Há 31.826 pessoas hospitalizadas na França devido à covid-19, das quais 6.845 estão sob cuidados intensivos. As autoridades informaram ainda que nas últimas 24 horas foram registradas 220 novas internações em UTIs. Por outro lado, as autoridades apontaram que 255 pessoas deixaram os cuidados intensivos.
13:33 - Itália registra menor número de mortes desde 19 de março
A Itália registrou neste domingo mais 431 mortes por covid-19. É menor número observado desde 19 de março. Também representa um decréscimo significativo em relação ao sábado, quando foram registradas 619 mortes.
O número de novos casos da doença contabilizado neste domingo também foi menor em relação ao dia anterior: 4.092. No sábado, o país havia registrado 4.694 novos casos.
O número total de mortos desde o início da pandemia no país, em 21 de fevereiro, chegou a 19.899, informou a Agência de Proteção Civil da Itália. O número de mortos só fica atrás dos Estados Unidos. O recorde diário de mortes foi registrado em 27 de março, quando 919 pessoas morreram.
Já o total de casos oficialmente confirmados chega a 156.363, o terceiro maior número global atrás dos Estados Unidos e da Espanha.
As autoridades italianas informaram ainda que havia 3.343 pessoas em terapia intensiva neste domingo contra 3.381 no sábado – marcando um novo declínio pelo nono dia consecutivo.
Neste domingo, também subiu para 34.211 o número de pessoas infectadas que foram declaradas curadas, contra 32.424 no dia anterior.
12:12 – Número de mortes no Reino Unido passa de 10 mil
O Reino Unido registrou mais 737 mortes em hospitais nas últimas 24 horas, elevando para 10.612 o total de óbitos provocados pela covid-19 no país, segundado dados Ministério da Saúde britânico.
Na atualização deste domingo, o número de pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus aumentou para 84.279 casos positivos, mais 5.288 do que no dia anterior.
No sábado, o balanço diário tinha registado mais 917 mortes e mais 5.234 novas infeções em relação ao dia anterior. Na sexta-feira, o balanço diário das autoridades britânicas apontou 980 óbitos de pacientes com covid-19, o maior aumento número de mortes num só dia na Europa, superando os recordes de Itália (919) e Espanha (961).
O Reino Unido encontra-se em regime de confinamento desde 23 de março para tentar barrar a propagação da pandemia covid-19. O governo britânico foi acusado de ter reagido demasiado tarde no combate à pandemia, demorando a proibir eventos de grande dimensão ou a fechar escolas.
Nas últimas semanas, o governo também foi criticado pela falta de capacidade de realizar mais testes, atualmente limitados a menos de 20.000 por dia, e pela falta de disponibilidade de equipamento de proteção individual para os profissionais de saúde - 19 já morreram.
11:55- Policiais alemães são atacados ao aplicar medidas de isolamento
Policiais de Frankfurt, no oeste da Alemanha, foram atacados por homens com pedras e barras de ferro enquanto tentavam aplicar medidas de distanciamento social, anunciaram autoridades locais.
Em um comunicado, a polícia disse que na noite da última sexta-feira policiais que realizavam uma patrulha pararam o carro quando viram um grande grupo de pessoas na rua. O grupo estava ignorando de maneira escancarada as medidas de isolamento social que foram impostas em toda a Alemanha, que proíbem aglomerações de mais de duas pessoas em público.
"Alguns homens estavam armados com pedras, telhas e barras de ferro e ameaçaram os policiais", diz o comunicado. Um dos homens atirou uma placa de metal de cinco quilos – o objeto não atingiu os policiais.
14:30 – Boris Johnson deixa hospital em Londres
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, recebeu neste domingo (12/04) alta do hospital onde estava internado há uma semana devido ao agravamento de seu estado de saúde após contágio por covid-19, mas não vai regressar já ao trabalho, informou um porta-voz.
"O primeiro-ministro recebeu alta do hospital para continuar a sua recuperação", que será feita em Chequers Court, a residência de campo do premiê, a 70 quilômetros de Londres.
Johnson se encontrava no Hospital de St. Thomas, em Londres, onde foi internado na última segunda-feira "por precaução" para fazer testes devido a sintomas da doença.
Na quinta-feira, o primeiro-ministro deixou a UTI, onde passou três noites, devido à persistência dos sintomas da covid-19, com a qual foi diagnosticado em 26 de março.
09:30 - Papa defende anular dívida de países pobres
O papa Francisco celebrou, neste domingo (12/04), a tradicional missa de Páscoa com a benção Urbi et Orbi (à cidade de Roma e ao mundo), sem a presença de fiéis na Basílica de São Pedro, devido à pandemia de covid-19.
Em transmissão pela internet, o pontífice pediu união entre os povos para enfrentar a pandemia de coronavírus: "Este não é tempo para egoísmos, pois o desafio que enfrentamos nos une a todos e não faz distinção de pessoas", disse o Santo Padre.
Na sua mensagem de Páscoa, lida numa basílica de S. Pedro vazia, o papa Francisco desejou que "sejam aliviadas as sanções internacionais que impedem os países que as sofrem de proporcionarem um apoio conveniente aos seus cidadãos" e apelou à solidariedade internacional "para reduzir, se não mesmo anular a dívida que pesa sobre os orçamentos dos países mais pobres."
09:00 – Mais recuperados do que infectados na Alemanha
De acordo com informações fornecidas pelo Instituto Robert Koch (RKI), é provável que o número de pessoas novamente saudáveis após uma infecção comprovada pelo patógeno Sars-CoV-2 seja, pela primeira vez desde o início do surto de coronavírus na Alemanha, maior que o número de pessoas atualmente infectadas.
Segundo o RKI, a agência de controle de doenças da Alemanha, até às 8h30 deste domingo (12/04), o país contabilizava 122.141 infecções, 2.730 mortos, 60.200 pessoas recuperadas e 59.211 contaminados.
Essas 60.200 pessoas que demonstraram ter contraído o coronavírus e estão agora totalmente saudáveis e recuperadas representam quase mil pessoas a mais do que o número atual de infecções ativas comprovadas. No caso da China, esse ponto marcou o momento em que a primeira onda da pandemia havia sido superada, apontou o Instituto Robert Koch.
A agência alemã de controle de doenças ressaltou, no entanto, que ainda não é possível dizer com certeza se esse desenvolvimento já pode ser visto como indício de uma inflexão no número de novos infectados a partir da Páscoa.
06:30 – China volta a não registrar mortes
Pequim anunciou neste domingo (12/04) que não foram registradas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Isso acontece pela segunda vez desde que começaram a ser divulgadas as estatísticas oficiais no país asiático.
A Comissão Nacional de Saúde chinesa informou também que foram registrados 99 novos casos de infecção pelo novo coronavírus, o que significa um aumento em relação aos 46 reportados no sábado.
Dos 99 novos casos, 97 tiveram proveniência do exterior, os chamados casos "importados".
Pequim havia lançado um veto temporário à entrada de cidadãos estrangeiros no país em 28 de março último, porém, a medida ainda não levou a uma redução do número de casos "importados", que já são 1.280.
Segundo a Comissão Nacional de Saúde chinesa, o número de doentes dados como recuperados foi de 50, nas últimas 24 horas, havendo um total de 1.138 pessoas infectadas naquele país asiático, o que leva a uma interrupção na tendência de redução do número de pessoas contaminadas na China.
05:00 – EUA registram 1,9 mil mortes em 24 horas
Os Estados Unidos registraram 1.920 mortes causadas pela covid-19, em 24 horas, de acordo a Universidade Johns Hopkins.
O número de mortes por dia causadas pela covid-19 sofreu uma ligeira redução frente à contagem de sexta-feira, em que os Estados Unidos da América tinham ultrapassado, pela primeira vez, as duas mil mortes no espaço de 24 horas (2.108), segundo o mais recente levantamento do Centro de Recursos de Coronavírus da universidade americana.
O número total de mortos nos Estados Unidos é agora de 20.506, sendo o país do mundo com mais mortes causadas pela covid-19.
Os Estados Unidos são também, de longe, o país com mais casos confirmados, tendo ultrapassado, na sexta-feira, o meio milhão de pessoas infectadas.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 109 mil mortos e infectou mais de 1,78 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
00:00 – Resumo dos principais acontecimentos de sábado (11/04):
- Brasil tem 20.727 casos e 1.124 mortes (5,4% de letalidade), segundo o Ministério da Saúde
- Mundo tem mais de 1,7 milhão de casos confirmados e 107 mil mortes; 395 mil se recuperaram
- ONG diz que Bolsonaro põe brasileiros em grave perigo
- Com mais de 2 mil óbitos em 24h, EUA passam Itália e são país com mais mortes no mundo
- Escolas de Nova York ficarão fechadas até o fim do ano letivo
- Número de novas mortes cai pelo terceiro dia seguido na Espanha
- Índia decide prolongar quarentena
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