As principais notícias sobre a pandemia de covid-19 (25/05)
26 de maio de 2020Resumo desta segunda-feira (25/05):
- Mundo tem mais de 5,4 milhões de casos e 345 mil mortes; 2,2 milhões se recuperaram.
- Brasil tem 374.898 casos e 23.473 mortes, segundo Ministério da Saúde
- OMS suspende testes com hidroxicloroquina
- Brasil concentra mais da metade do total de mortes na América Latina e Caribe.
- Alemanha entra em recessão
- Japão decide retirar alerta sanitário em todo o país
Transmissão encerrada. As atualizações estão no horário de Brasília:
19:52 - Brasil registra 807 mortes por covid-19 em 24 horas e supera marca de 23 mil óbitos
O Ministério da Saúde informou que país já soma 374.898 casos confirmados da doença nesta segunda-feira, com 11.687 mil a mais do que o total registrado no dia anterior. Em um dia, as mortes aumentaram de para 22.666 para 23.473.
As 807 mortes ocorridas entre o domingo e a segunda-feira no Brasil superaram o total registrado nos Estados Unidos, que tiveram 620 óbitos no mesmo período.
O estado de São Paulo permanece sendo o mais afetado, com 83.625 casos e 6.220 mortes, seguido do Rio de Janeiro (39.298 casos e 4.105 mortes) e do Ceará (36.185 casos e 2.493 mortes). Os três estados somam 54% dos óbitos em razão da doença em todo o país.
Autoridades e instituições de saúde alertam que os números reais da doença no território brasileiro devem ser ainda maiores do que os divulgados oficialmente, em razão da baixa quantidade de testes na população e da subnotificação de casos e mortes.
18:32 - Califórnia permite reabertura do comércio e locais religiosos, mas com restrições
O estado americano da Califórnia permitirá a abertura do comércio na parte interna das lojas e a retomada das atividades nos locais religiosos que estiveram fechados em meio a algumas das medidas mais severas adotadas no país para conter a disseminação do novo coronavírus.
O Departamento de Saúde Pública da Califórnia informou que os estabelecimentos comerciais, igrejas, mesquitas e sinagogas poderão reabrir com 25% de sua capacidade de ocupação, além de outras restrições de higiene, após submeterem às autoridades os planejamentos específicos para cada um desses locais.
18: 04 - OMS alerta contra abandono precoce das medidas de precaução
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que os países onde a epidemia do novo coronavírus está em declínio poderão ainda vivenciar uma "segundo ápice" da doença, caso abandonem cedo demais as medidas de prevenção.
O diretor do Programa de Emergências Sanitárias da OMS, Michael Ryan, afirmou que o mundo ainda está em meio à primeira onda da pandemia e ressaltou que, enquanto diminuem os casos da doença em muitos países, o coronavírus avança em regiões como a América do Sul, Ásia e África.
Ryan afirmou que as epidemias têm fases altas e baixas, o que significa que a doença poderá retomar sua intensidade em muitas regiões onde a primeira onda da doença já arrefeceu. Dessa forma, é possível que as taxas de infecção possam aumentar com rapidez ainda maior se as medidas de contenção forem removidas.
O diretor da OMS pediu que os países da Europa e América do Norte continuem com os testes em larga escala e com as medidas de distanciamento social, e pediu "estratégias compreensivas para assegurar que continuemos em trajetória descendente e não tenhamos um segundo pico de modo imediato".
16:49 - OMS suspende testes com hidroxicloroquina
A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu como medida de precaução suspender os testes clínicos com a hidroxicloroquina no tratamento contra a covid-19, que estavam sendo realizados em vários países.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disseque a decisão foi tomada com base em um artigo publicado no jornal científico The Lancet na semana passada, que indica que a aplicação do medicamento pode aumentar o risco de morte nos pacientes.
"Após lermos a publicação, decidimos, em meio às dúvidas, ser cautelosos e suspender temporariamente a adesão ao medicamento", afirmou a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan. A princípio, a medida não se aplica à cloroquina, da qual a hidroxicloroquina é derivada, cuja aplicação contra o coronavírus também está sendo avaliada nos estudos patrocinados pela OMS.
16:18 - Personalidades pedem valorização das vidas dos idosos em meio à pandemia
Personalidades da política, ciência e lideranças religiosas lançaram um apelo internacional pela valorização da vida dos idosos em meio a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, exigindo um "revolta moral".
"Toda a energia necessária deve ser investida para salvar o maior número de vidas e garantir a todos o acesso aos tratamentos", diz o texto publicado no último sábado em anúncio no jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, assinado, entre outros, pelo filósofo e sociólogo Jürgen Habermas.
"O valor da vida deve ser o mesmo para todos. Os que desvalorizam as vidas frágeis e debilitadas dos idosos abrem caminho para a desvalorização de todas as demais vidas", diz o texto. Entre os vários signatários estão o ex-presidente da Comissão Europeia e ex-premiê da Itália Romano Prodi, a ex-ministra alemã da Educação Annette Schavan e o arcebispo de Bolonha, Matteo Zuppi.
10:41 - Governo alemão vai propor prorrogar medidas de distanciamento social até 5 julho
O governo alemão vai propor a prorrogação das medidas de distanciamento social até 5 de julho, por considerar que, sem elas, o número de contágios pode voltar a subir "muito rapidamente".
A proposta consta de um documento preparado pela chancelaria e que vai ser apresentado às reuniões de coordenação da resposta à pandemia entre o governo federal e os governadores dos 16 Estados da Alemanha.
O projeto de resolução define que a distância de segurança entre pessoas deve permanecer sendo de 1,5 metros.
A obrigatoriedade do uso de máscara "em determinados locais públicos" também deve manter-se e, "na medida do possível", "as reuniões privadas devem realizar-se ao ar livre, onde o risco de infecção é mais baixo".
O novo coronavírus "continua ativo e, sem estas medidas, propaga-se muito rapidamente", adverte o documento.
O porta-voz da chanceler federal, Angela Merkel, Steffen Seibert, explicou que o objetivo da proposta é que se mantenham as restrições, e não que haja simples recomendações.
A Alemanha registou nos últimos dias dois novos surtos, um num restaurante de Leer, no noroeste, perto da fronteira com a Holanda, e outro numa igreja de Frankfurt (região central).
Estes casos, segundo o porta-voz, ilustram o que pode acontecer quando as regras não são respeitadas.
A Alemanha registrou desde o início da pandemia 178.570 casos de infecção e 8.257 mortes, segundo o Instituto Robert Koch.
10:35 - Espanha suspenderá quarentena para turistas estrangeiros em 1º de julho
A Espanha suspenderá a quarentena para turistas estrangeiros a partir do dia 1º de julho, um novo passo rumo à recuperação da normalidade econômica e social após a pandemia de covid-19, anunciou o governo nesta segunda-feira.
A decisão foi tomada em reunião virtual que contou com a participação de sete integrantes do governo espanhol, entre eles os ministros de Saúde, Transportes, Economia, Relações Exteriores e Turismo.
Durante o encontro, foram abordadas questões como a suspensão da quarentena para visitantes estrangeiros e possíveis medidas que permitam que o setor turístico se organize para o verão.
10:10 - Novo exame de Toffoli para covid-19 dá negativo; ministro segue internado
O exame do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, para dectetar covid-19 teve resultado negativo, informou a assessoria do tribunal nesta segunda-feira (25/05).
De acordo com o boletim médico, Toffoli apresentou “melhora considerável” em seu quadro respiratório. O ministro, porém, segue hospitalizado. Ele deve ficar afastado por pelo menos sete dias.
No sábado, o ministro passou por uma cirurgia para retirada de um abscesso. Após o procedimento, ele apresentou sinais de infecção pelo novo coronavírus e permanecerá internado para monitoramento. Na última quarta-feira, Toffoli fez um exame para covid-19, mas o resultado havia sido negativo, segundo o STF.
O ministro Luiz Fux vai assumir interinamente a presidência do STF enquanto Toffoli estiver afastado.
07:00 – Alemanha entra em recessão devido ao coronavírus
O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha encolheu 2,2% no primeiro trimestre em comparação com o trimestre anterior, anunciou nesta segunda-feira o Departamento Federal de Estatísticas (Destatis), confirmando projeções divulgadas há dez dias.
No último trimestre de 2019, a economia sofreu uma contração de 0,1%, o que significa que o país viveu contrações em dois trimestres consecutivos – configurando uma recessão técnica.
A queda foi o maior declínio trimestral desde a crise financeira global de 2008/2009 e o segundo mais acentuado desde a Reunificação, em 1990. Segundo o Destatis, o resultado se deve, principalmente, à queda de 3,2% nos gastos do consumidor, de 6,9% no investimento em instalações e equipamentos, de 3,1% nas exportações e de 1,6% nas importações.
O governo alemão prevê que o país enfrente neste ano a pior recessão econômica do pós-guerra, com uma queda no PIB de 6,3%. Ainda assim, as perspectivas são um pouco melhores do que as da França e da Itália, cujas economias recuaram 5,8% e 4,7% no primeiro trimestre, respectivamente.
06:30 – Brasil tem mais da metade dos 40 mil mortos na América Latina
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a região da América Latina e Caribe é o novo epicentro da pandemia de coronavírus, superando neste domingo a marca de 40 mil mortes. O Brasil é de longe o país mais afetado e concentra mais da metade das mortes (22.666) e 363.211 casos, seguido por México (68.620 casos e 7.394 mortes) e Peru (119.959 casos e 3.456 mortes).
O número de óbitos em território latino-americano dobrou em duas semanas – em 10 de maio eram cerca de 20 mil.
A crise econômica causada pela pandemia deixará 11,5 milhões pessoas desempregadas na região, o que aumentará o número total de desempregados para 37,7 milhões, estimam a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
06:00 – Japão decide retirar alerta sanitário em todo o país
O governo do Japão decidiu nesta segunda-feira retirar o estado de alerta sanitário em Tóquio e em mais quatro regiões do país, últimos locais que ainda mantêm medidas instauradas para combater a pandemia de covid-19.
O levantamento do estado de alerta, aconselhado por um grupo de especialistas, deverá ser formalmente aprovado pelo Executivo ainda nesta segunda-feira, informou o ministro da Economia japonês, Yasutoshi Nishimura.
Decretado há cerca de um mês, o alerta sanitário permanecia em vigor apenas em Tóquio, nas três províncias vizinhas (Chiba, Kanagawa e Saitama) e na de Hokkaido, ao norte.
Desde o início da pandemia, o Japão registou mais de 820 mortes e cerca de 16.550 casos, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.
Resumo dos principais acontecimentos de domingo (24/05):
- Casos de coronavírus passam de 360 mil no Brasil
- Toffoli é hospitalizado com suspeita de coronavírus
- EUA proíbem entrada de passageiros vindo do Brasil
- EUA têm 1.127 mortes por coronavírus em 24 horas
- New York Times dedica primeira página inteira às vítimas da covid-19 nos EUA
- Acusação de Trump de que coronavírus surgiu em laboratório de Wuhan é "pura ficção", diz diretora
- Com 153 mortes em 24 horas, Rússia bate recorde diário de vítimas
- Argentina estende quarentena até 7 de junho
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