Ataque com drone mata número 2 da Al Qaeda
16 de junho de 2015O líder da Al Qaeda no Iêmen, Nasir al-Wahishi, foi morto num ataque com um drone da CIA na semana passada, afirmou a própria organização terrorista nesta segunda-feira (15/06), confirmando relatos divulgados na imprensa dos Estados Unidos. Trata-se do maior golpe que a Al Qaeda sofre desde a morte de Osama bin Laden, em 2011.
Num vídeo divulgado pela Al Qaeda na Península Arábica, como o braço iemenita da organização terrorista é conhecido, um extremista lê um comunicado em que anuncia a morte de Wahishi, que servira como secretário pessoal de Bin Laden. Ele diz que seu vice e chefe militar da organização, Qassim al-Raimi, foi escolhido para substituí-lo.
Wahishi "foi morto num ataque americano com drone que o tinha como alvo, junto com dois outros mujahedeen [combatentes]", que também morreram, afirmou o homem que leu o comunicado no vídeo, identificado como Khaled Omar Batarfi.
Autoridades de segurança iemenitas haviam dito anteriormente que um ataque de drone dos Estados Unidos havia matado três supostos terroristas na cidade portuária de Mukalla, na semana passada. O governo americano ainda não comentou a morte de Wahishi, mas um funcionário disse ao jornal Washington Post que informações sobre um ataque ocorrido em 9 de junho – e que teve Wahishi como alvo – estavam sendo revistas.
O braço iemenita da Al Qaeda é o mais letal da organização terrorista e é associado a uma série de atentados fracassados no território dos Estados Unidos, incluindo uma tentativa de explodir um avião comercial americano no Natal de 2009. A Al Qaeda na Península Arábica também assumiu a responsabilidade pelo ataque ao semanário francês Charlie Hebdo, no início deste ano.
Além de liderar a filial iemenita, Wahishi também serviu como vice de Ayman al-Zawahri, que sucedeu a Bin Laden em 2011. Ele era considerado o número 2 da Al Qaeda em todo o mundo e estava no comando das operações no Iêmen desde 2007.
O governo dos Estados Unidos havia oferecido uma recompensa de 10 milhões de dólares por qualquer informação que levasse à captura ou à morte de Wahishi.
AS/ap/afp