Ataque russo a edifício residencial mata dezenas na Ucrânia
15 de janeiro de 2023Pelo menos 30 pessoas morreram em Dnipro, segundo um novo balanço divulgado neste domingo (15/01) pelas autoridades ucranianas, um dia depois de um míssil russo atingir um prédio residencial desta cidade do leste da Ucrânia.
Segundo as autoridades, mais de 40 pessoas ainda estão desaparecidas após o ataque, que aconteceu no sábado, em meio às comemorações do Ano Novo ortodoxo.
A conselheira do governador regional, Natalia Babachenko, disse que 30 pessoas foram confirmadas mortas até agora e mais de 30 estavam no hospital, incluindo 12 em estado grave.
"As operações de resgate continuam. Não se sabe o paradeiro de mais de 40 pessoas", disse o chefe da administração militar da região de Dnipropetrovsk, Valentyn Reznichenko.
Uma mulher foi resgatada depois de passar horas nos escombros, disseram as autoridades na manhã deste domingo.
"As chances de salvar pessoas agora são mínimas", disse o prefeito do Dnipro, Borys Filatov. "Acho que o número de mortos será na casa das dezenas."
A Força Aérea da Ucrânia disse que o bloco de apartamentos foi atingido por um míssil russo Kh-22, que é conhecido por ser impreciso e que a Ucrânia carece de defesas aéreas para derrubar. O míssil da era soviética foi desenvolvido durante a Guerra Fria para destruir navios de guerra.
Um vídeo postado pelos serviços de emergência ucranianos no Facebook e no Telegram mostrou equipes de resgate trabalhando à noite entre os escombros do prédio.
De acordo com a Presidência ucraniana, entre 100 e 200 pessoas ficaram desabrigadas após este ataque e cerca de 1.700 moradores de Dnipro ficaram sem eletricidade ou calefação.
No sul, em Kryvyi Rig, uma pessoa morreu e outra ficou ferida após o bombardeio contra prédios residenciais, segundo um balanço oficial.
No total, "o inimigo realizou três ataques aéreos e cerca de cinquenta disparos de mísseis no dia" de sábado, especificou o Estado-Maior do Exército ucraniano. "Os invasores lançaram 50 ataques com vários lançadores de mísseis", acrescentou.
Depois destes novos bombardeios contra instalações energéticas, grande parte das regiões do país registraram cortes de energia.
"É possível parar o terror russo? Sim, é possível. Isso pode ser feito de outra forma que não seja no campo de batalha na Ucrânia? Infelizmente, não", disse o presidente ucraniano Volodimir Zelenski."O mundo deve acabar com esse mal", insistiu o presidente, reiterando seu pedido aos países ocidentais para que forneçam mais armas.
jps (Reuters, AFP)