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CriminalidadeEstados Unidos

Atirador mata quatro em centro médico em Tulsa

2 de junho de 2022

Homem armado com um fuzil e um revólver abre fogo em edifício hospitalar no estado americano de Oklahoma. Segundo a polícia, suspeito se matou em seguida. Motivação do ataque ainda não foi esclarecida.

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Policiais respondem a ataque em Tulsa
O atentado é o mais recente de uma série de ataques a tiros que reacenderam o debate sobre controle de armas nos Estados UnidosFoto: Tulsa Police Deparment/ZUMA Press/picture alliance

Um homem armado com um fuzil e um revólver matou ao menos quatro pessoas em um centro hospitalar em Tulsa, no estado de Oklahoma, Estados Unidos. O atirador se matou em seguida, informou a polícia, no mais recente de uma série de ataques a tiros no país.

Os policiais chegaram ao centro médico apenas três minutos após receberem uma ligação sobre o ataque, na tarde desta quarta-feira (01/06), horário local.

Vídeos feitos por testemunhas mostram a chegada dos socorristas ao complexo do Hospital Saint Francis, e também um policial retirando um fuzil de alta potência do porta-malas de seu carro. A polícia armada então correu para o interior do centro médico.

Segundo o vice-chefe de polícia de Tulsa, Eric Dalgleish, os oficiais "ouviram tiros no prédio" quando chegaram. Eles então revistaram sala por sala até o segundo andar do Edifício Natalie, quando fizeram contato com as vítimas e o suspeito, disse Dalgleish.

"No momento temos quatro civis mortos, um atirador que está morto e, neste momento, acreditamos que foi autoinfligido", afirmou o vice-chefe de polícia.

Mais cedo, o capitão de polícia Richard Meulenberg disse que os policiais descreveram a cena como "catastrófica", com "várias" pessoas baleadas e "múltiplos ferimentos". Não ficou claro quantas pessoas podem ter ficado feridas.

A resposta policial a denúncias do tipo está sob intenso escrutínio depois que um atirador matou 19 crianças e dois professores em uma escola em Uvalde, no Texas, na semana passada, enquanto os policiais esperaram do lado de fora por quase uma hora.

Questionado por repórteres se a polícia atualizou seu treinamento após o massacre em Uvalde, Dalgleish afirmou: "Acho que isso provavelmente está fresco na mente de todos. Eu diria que Tulsa revisita esse tópico regularmente. Fiquei muito feliz com o que sabemos até agora a respeito da resposta de nossos oficiais."

A polícia de Tulsa disse que está tentando determinar a identidade do suspeito, que os oficiais estimam ter entre 35 e 40 anos de idade. Ainda não se sabe também sua motivação.

O Edifício Natalie contém consultórios médicos, incluindo um centro ortopédico. Dalgleish acredita que entre as vítimas há funcionários e pacientes.

A Casa Branca afirmou que o presidente Joe Biden foi informado sobre o ataque e ofereceu apoio às autoridades estaduais e locais em Tulsa, uma cidade de mais de 400 mil habitantes localizada a cerca de 160 quilômetros da capital estadual, Oklahoma City.

Série de ataques

O atentado desta quarta-feira é o mais recente de uma série de ataques a tiros que reacenderam os debates sobre controle de armas nos Estados Unidos.

Em 14 de maio, um supremacista branco visando afro-americanos matou dez pessoas em um supermercado em Buffalo, no estado de Nova York. O atirador sobreviveu e enfrenta acusações.

Dez dias depois, um atirador de 18 anos armado com um fuzil AR-15 cometeu o massacre em uma escola primária em Uvalde, antes de ser morto a tiros pela polícia. Nesta quarta-feira, um dos dois professores mortos foi sepultado, um dia após os primeiros funerais das crianças.

A regulamentação de armas enfrenta profunda resistência nos Estados Unidos, por parte da maioria dos republicanos e também de alguns democratas de estados rurais.

Mas Biden – que visitou Uvalde no fim de semana – prometeu "continuar pressionando" por um maior controle de armas. "Acho que as coisas ficaram tão ruins que todo mundo está ficando mais racional sobre isso", disse o presidente.

ek/lf (AFP, AP, Reuters)