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Aumenta número de mortos por ingestão de loção na Rússia

20 de dezembro de 2016

Dezenas de pessoas foram hospitalizadas e 49 morreram após ingerirem loção de banho que contém metanol, como substituta para bebidas alcoólicas. Investigadores prendem suspeitos e apreendem 2 mil unidades do produto.

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A prefeitura de Irkutsk declarou estado de emergência após as dezenas de mortes
A prefeitura de Irkutsk declarou estado de emergência após as dezenas de mortesFoto: picture-alliance/dpa/A. Kryazhev

O número de mortos em Irkutsk, na região da Sibéria, em razão da ingestão proposital de uma loção para banho aumentou para 49 nesta terça-feira (20/12), o que levou a cidade a declarar estado de emergência. As pessoas que ingeriram o produto, que contém metanol, esperavam que causasse a mesma sensação que o álcool.

O Comitê de Investigações do país abriu um inquérito para investigar o ocorrido, enviando à região um grupo de investigadores de Moscou.

A polícia descobriu nas imediações de Irkutsk um alambique ilegal que teria produzido o líquido com metanol, além de diversas marcas falsificadas de vodca, prendendo os dois proprietários. Também foram presas cinco pessoas suspeitas de terem vendido o produto.

Mais de 2 mil unidades do líquido, somando 500 litros, foram confiscadas, informaram os investigadores.

Dezenas de pessoas foram hospitalizadas na cidade siberiana após consumir a substância tóxica. Um funcionário da promotoria local disse até o momento se sabe que 57 pessoas teriam ingerido o produto. Os que sobreviveram se encontram em estado grave. As vítimas tinham entre 35 e 50 anos de idade.

A prefeitura de Irkutsk impôs o estado de emergência para que os responsáveis sejam descobertos e punidos, segundo informou o portal de internet da cidade. As vendas de produtos não-potáveis e bebidas alcoólicas sem licença foram interrompidas.

O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, ordenou que seu gabinete investigue o problema da venda de produtos que contêm álcool – normalmente para fins cosméticos – mas que não são fabricados para serem ingeridos e acabam sendo vendidos para alcoólatras de baixa renda. Ele disse que a comercialização desses produtos por meio de máquinas automáticas existentes em todo o país, inclusive em Moscou, é uma "desgraça absoluta".

RC/afp/rtr