Autor de atentado em Nova York é formalmente acusado
21 de setembro de 2016Procuradores americanos acusaram oficialmente nesta terça-feira (20/09) o principal suspeito dos ataques com explosivos do fim de semana em Nova York e Nova Jersey, Ahmad Khan Rahami, de usar armas de destruição em massa, entre outras acusações.
Além do uso de armas de destruição em massa, Rahami foi também acusado de atentado em local público, de destruição de propriedade privada e do uso de um dispositivo de destruição para cometer um crime violento.
Na acusação, os procuradores especificaram que Rahami comprou os produtos utilizados em suas bombas de fabricação caseira através da empresa de comércio online eBay e revelaram alguns manuscritos de um diário pessoal que ele levava consigo quando foi detido na segunda-feira.
"Inshallah (se Deus quiser) o barulho das bombas será escutado nas ruas. Disparos contra sua polícia. Morte à sua OPRESSÃO", escreveu Rahami em um diário no qual chama de "irmão" Osama bin Laden, louva o falecido líder da Al Qaeda no Iêmen, Anwar al-Awlaki, e também Nidal Hassan, que assassinou 13 pessoas na base militar de Fort Hood, Texas, em 2009.
Algumas das anotações parecem ilegíveis, já que o diário sofreu danos no tiroteio que terminou com a detenção de Rahami na segunda-feira de manhã na cidade de Linden (Nova Jersey).
Além das acusações federais formuladas por procuradores de Nova York e Nova Jersey, Rahami, de 28 anos, já havia sido alvo de acusações estaduais por um procurador do condado pela tentativa de assassinato de um policial em quem disparou antes de ser detido.
Nascido no Afeganistão em 1988, Rahami é suspeito de ter colocado um artefato cuja explosão, no sábado, no bairro nova-iorquino de Chelsea, deixou 29 pessoas feridas. O jovem é ainda tido como o responsável por outra bomba, que não chegou a explodir em Manhattan.
As autoridades também descobriram perto da estação de trens de Elizabeth (Nova Jersey) uma mochila com cinco bombas de fabricação caseira, uma das quais chegou a explodir de forma acidental quando foi manipulada por um robô da polícia.
AS/efe/lusa/ap