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Bancos podem salvar grupo de mídia Kirch

ns22 de março de 2002

Empresa precisa de 500 milhões de euros para escapar da insolvência. Bancos decidem ajuda no fim de semana.

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Alguns bancos poderão comprar uma participação no grupo de mídia Kirch, a fim de salvar a empresa, cujas dívidas somam, no mínimo, 6,5 bilhões de euros. Uma notícia divulgada pelo jornal Süddeutsche Zeitung foi confirmada por fontes ligadas às instituições bancárias. Para não cair na insolvência, o grupo precisaria de pelo menos meio bilhão de euros este ano.

O império Kirch inclui inúmeros canais de tevê na Alemanha e na Europa, jornais, empresas de mídia, cinemas e produtoras, comércio de direitos de transmissão de filmes e de eventos esportivos, como as copas do mundo de futebol e a Fórmula-1, entre outras atividades.

"Nossa proposta foi de participação através de um aumento do capital", disse um gerente do grupo. Os bancos se reúnem no fim de semana para examiná-la e eventualmente definir a parcela de cada um. Os envolvidos seriam o Commerzbank, HypoVereinsbank, o Bayerische Landesbank (Banco Estadual da Baviera) e o DZ Bank. Resta saber se o australiano Rupert Murdoch (NewsCorp), Sílvio Berlusconi (MediaSet) e outros acionistas concordam com o plano.

O canal de tevê por assinatura Premiere, pertencente a Kirch, não conseguirá sanear seus problemas sem dispensar funcionários. O fracasso financeiro do Premiere é o principal responsável pelas dívidas do magnata alemão da mídia, Leo Kirch. Em 2001, os prejuízos antes do pagamento de juros e impostos subiram de 743,5 milhões de euros para 989 milhões de euros. Ao todo serão cortados 800 de 2400 empregos.