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Cortes na Bayer

19 de novembro de 2010

Até 2012, empresa alemã vai cortar 4.500 postos de trabalho em todo o mundo, dos quais 1.700 na Alemanha, e contratar 2.500 novos funcionários, principalmente em países emergentes.

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Sede da empresa em LeverkusenFoto: picture alliance/dpa

A justificativa é a busca pela inovação e o crescimento, mas o método adotado pela Bayer não deixa de ser impopular. A empresa alemã anunciou nesta quinta-feira (18/11) que vai fechar cerca de 4.500 postos de trabalho em todo o mundo até 2012, dos quais 1.700 na Alemanha.

No mesmo período serão, porém, contratadas 2.500 pessoas, principalmente em países emergentes. Questionada pela Deutsche Welle, a Bayer não informou como o Brasil será afetado pelos cortes e futuros investimentos da empresa.

"Os detalhes dos planos anunciados estão sendo discutidos internamente, incluindo o impacto (criação e fechamento de postos de trabalho) em países e unidades", respondeu a assessoria de imprensa da empresa, que tem sede na cidade de Leverkusen.

No comunicado emitido pela empresa, no entanto, o presidente do conselho de administração, Marijn Dekkers, cita como exemplo a expansão das atividades nos países asiáticos.

Migração dos investimentos

Segundo os planos anunciados por Dekkers, a empresa vai investir seus recursos no crescimento e fortalecimento de sua capacidade de inovar. O foco recairá sobre pesquisa e desenvolvimento de novos produtos – especialmente nas divisões HealthCare e CropScience – e na expansão das atividades nos mercados emergentes.

Dekkers ressaltou o cenário de dificuldades imposto pelo avanço dos produtos genéricos e pelos cortes nos sistemas de saúde de países industrializados. A direção da Bayer quer economizar anualmente 800 milhões de euros, já a partir de 2013, e metade desse valor será reinvestido. Até o fim de 2012, a Bayer terá que arcar com custos de aproximadamente 1 bilhão de euros, parte deles já no fim deste ano.

Em números

A Bayer tem, em todo mundo, 108,7 mil funcionários. No Brasil, são 3.800 trabalhadores distribuídos em três áreas: saúde, agronegócios e materiais inovadores. A primeira representação da empresa alemã no Brasil foi fundada em 1896.

Em 2009, o faturamento do grupo no Brasil foi de 3,8 bilhões de reais, com crescimento de 3% em relação ao ano anterior. O principal negócio da Bayer em solo brasileiro é a divisão CropScience, que corresponde a 53% do total das vendas, seguida pela HealthCare (33%) e MaterialScience (14%).

Autora: Nádia Pontes
Revisão: Alexandre Schossler