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Berlim convoca embaixador da Turquia após prisão de ativista

19 de julho de 2017

Governo da Alemanha transmite "indignação" com a detenção de seis defensores dos direitos humanos, incluindo um alemão. Eles são acusados pelas autoridades turcas de apoiar uma organização terrorista.

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Sede do Ministério do Exterior em Berlim
Sede do Ministério do Exterior alemão em BerlimFoto: Imago/STPP

O Ministério alemão do Exterior convocou nesta quarta-feira (19/07) o embaixador da Turquia em Berlim para transmitir a "indignação" do governo alemão com a detenção de seis ativistas dos direitos humanos, entre eles um alemão, e exigir sua imediata libertação.

Diante da situação, o ministro Sigmar Gabriel decidiu interromper as férias e voltar para Berlim para avaliar medidas que poderiam ser adotadas, incluindo a sugestão de que a Comissão Europeia revise o auxílio que a Turquia recebe como candidata à adesão à União Europeia, acrescentou o ministério.

Peter Steudtner
Especialista em TI Peter Steudtner é um dos cinco ativistas detido pelas autoridades da TurquiaFoto: picture alliance/dpa/Privat/TurkeyRelease Germany

O porta-voz Martin Schäfer disse que o embaixador turco foi informado "de forma direta e clara" da "indignação e incompreensão" do governo alemão com a detenção "inaceitável" dos ativistas, Entre eles está o especialista em TI alemão Peter Steudtner e a diretora do escritório turco da Anistia Internacional, Idil Eser, diante da acusação "totalmente descabida" de apoio a uma organização terrorista, destacou o governo alemão.

Em 5 de julho, a polícia turca prendeu, numa ilha perto de Istambul, dez ativistas durante um workshop sobre comunicação digital e segurança de dados, promovido pela Anistia Internacional. Quatro foram libertados após o pagamento de fiança nesta terça-feira, mas aguardam início do processo.

Os demais seis foram postos em prisão preventiva, entre eles Eser e Steudtner. Os detidos são acusados de "cometer crimes em nome de uma organização terrorista", uma acusação que a Anistia Internacional classificou de absurda e bizarra. As autoridades turcas não esclareceram à qual organização se referem. Pessoas acusadas de um crime podem ser mantidas em prisão preventiva por até cinco anos na Turquia.

AS/rtr/efe/epd