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Biden reimpõe restrições a viagens procedentes do Brasil

25 de janeiro de 2021

Citando preocupações com novas variantes do vírus, presidente reverteu medida assinada por Trump em 18 de janeiro, que liberava entrada de passageiros. Medida de antecessor chegou a ser celebrada pelo governo brasileiro.

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Symbolbild Einreisebann USA
Foto: AFP/Getty Images/F. J. Brown

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, restabeleceu nesta segunda-feira (25/01) a proibição da entrada no país de pessoas procedentes da União Europeia, Reino Unido e Brasil para conter a pandemia de covid-19. A nova ordem também passou a incluir a África do Sul.

A medida de Biden reverte uma decisão tomada pelo seu antecessor, Donald Trump, em 18 de janeiro, que havia determinado o fim da suspensão da entrada de passageiros desses países a partir de 26 de janeiro, mantendo apenas restrições que atingiam a China e o Irã.

"O presidente decidiu manter as restrições que estavam anteriormente em vigor para o espaço Schengen europeu, o Reino Unido, a República da Irlanda e o Brasil", anunciou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, em comunicado.

Na sua ordem executiva que reinstituiu as restrições, Biden citou as variantes de coronavírus identificadas no Brasil, Reino Unido e África do Sul para justificar a suspensão da entrada de passageiros desses países.

A proibição de passageiros provenientes da União Europeia e do Reino Unido foi imposta por Trump em março de 2020. A ordem passou a incluir o Brasil em maio.

Quando a suspensão da medida por Donald Trump foi divulgada, dois dias antes do fim de seu mandato, a então equipe de transição de Biden avisou no mesmo dia que o novo governo pretendia reverter a ordem antes que ela entrasse em vigor. Na ocasião, Jen Psaki, disse na sua conta no Twitter que, com o agravamento da pandemia e o surgimento de variantes mais contagiosas do coronavírus em todo o mundo, "este não é o melhor momento para levantar restrições a viagens internacionais".

Após o anúncio de Trump, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, chegou a celebrar a decisão do republicano. "O presidente Donald Trump acaba de anunciar o fim da proibição de ingresso de brasileiros nos EUA que havia sido determinada em função da Covid. Brasileiros voltarão a poder ingressar nos EUA a partir do dia 26/1, sujeitos a apresentar teste negativo de Covid (além de visto)", escreveu Araújo no Twitter logo após o anúncio.

Teste negativo para viajar

Além de manter a suspensão de entrada de passageiros, os Estados Unidos exigirão a partir de terça-feira um teste covid-19 negativo para todos os passageiros aéreos antes de voarem para o país, incluindo americanos.

A medida, anunciada pelo Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) em 12 de janeiro, também estabelece a recomendação de submissão a um novo teste três a cinco dias após a chegada ao país e permanecer em quarentena em casa durante sete dias após a viagem.

O epidemiologista chefe dos Estados Unidos, Anthony Fauci, disse que, após os dados divulgados pelo governo britânico, pode-se presumir que a variante britânica pode "causar mais danos, incluindo a morte", e observou que a vacina continua a ser eficaz mesmo contra a variante sul-africana.

Os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia no mundo, liderando em quantidade de mortos e casos de infecção. Dados desta segunda-feira apontam que o país já registrou mais de 25 milhões de casos e mais de 419 mil mortes.

JPS/lusa/ots