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Bilionário perde três filhos em ataques no Sri Lanka

22 de abril de 2019

Família de Anders Povlsen, dono do grupo de moda Bestseller e homem mais rico da Dinamarca, passava férias no país. Governo responsabiliza grupo jihadista pelos ataques que miraram minoria cristã e turistas estrangeiros.

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O empresário Anders Holch Povlsen e sua esposa, Anne. Casal perdeu três dos seus quatro filhos no Sri Lanka. Foto: Getty Images/AFP/T. Mikkel

Os três dinamarqueses que morreram nos atentados ocorridos no domingo (21/04) no Sri Lanka são filhos de Anders Holch Povlsen, dono do grupo de moda Bestseller e um dos homens mais ricos da Dinamarca, confirmou nesta segunda-feira a companhia.

"Infelizmente, podemos confirmar que (a informação sobre as mortes) é correta. Pedimos que a privacidade da família seja respeitada e não faremos outros comentários", afirmou a companhia dinamarquesa em comunicado enviado a vários veículos de imprensa.

A identidade e a idade das vítimas não foram comunicadas. Considerado a pessoa mais rica na Dinamarca, Anders Holch Povlsen, de 46 anos, herdou o grupo de moda Bestseller, criado em 1975 por seus pais, Merete e Troels Holch Povlsen.

A Bestseller possui marcas como Only, Vero Moda e Jack&Jones, conta com uma rede de 2.700 lojas e está presente em mais de 15 mil estabelecimentos multimarcas na Europa, Américas, Oriente Médio, Austrália e Índia.

Além disso, a companhia dinamarquesa tem grande participação em duas gigantes do comércio eletrônico de moda, como a britânica Asos e a alemã Zalando.

As autoridades dinamarquesas confirmaram no domingo que havia três cidadãos do país entre as vítimas da série de atentados que atingiram três igrejas durante as celebrações do Domingo de Páscoa, além de quatro hotéis frequentados por estrangeiros e um condomínio residencial.

Os atentados provocaram a morte de 290 pessoas e deixaram outras 500 feridas. A maioria das vítimas é natural do Sri Lanka, mas há pelo menos 32 estrangeiros entre os mortos, incluindo cidadãos dos Estados Unidos, China, Reino Unido, Índia, Turquia e Austrália,

Até agora, 24 pessoas foram detidas por relação com as explosões, mas nenhum indivíduo ou grupo armado assumiu a autoria dos atentados. Representantes do governo do Sri Lanka responsablizaram um grupo islâmico radical chamado Thowheeth Jama'ath pelos ataques.  

Segundo o jornal New York Times, um alto-membro da polícia do Sri Lanka advertiu o governo há 10 dias sobre o risco de atentados contra igrejas no país e que a minoria cristã do país estava na mira do Thowheeth Jama'ath, mas não ficou claro se as autoridades tomaram alguma medida adicional de segurança. O primeiro-ministro do país, Ranil Wickremesinghe, disse que não informado sobre a ameaça. "Temos que verificar por que precauções adequadas não foram tomadas", disse ele.

Em resposta aos ataques, o governo impôs um toque de recolher em toda a ilha, com início às 18h do horário local até 6h do dia seguinte. O governo determinou ainda um bloqueio temporário das redes sociais, entre elas o Facebook e Instagram, para impedir a difusão "de informações incorretas". Nesta segunda-feira, o bloqueio ainda persistia.

"O governo decidiu bloquear todas as plataformas de redes sociais para evitar a disseminação de informações incorretas e falsas. Essa é apenas uma medida temporária", afirmou a Presidência do país em comunicado.

Além disso, o governo decretou nesta segunda-feira a entrada em vigor de estado de emergência em todo o país a partir da 0h de terça-feira. O objetivo é reforçar a ação das forças de segurança, que receberão poderes especiais.

JPS/efe/afp/ots

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