Brasil investiga suspeita de ebola em MG
11 de novembro de 2015O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira (11/11) que está investigando um caso suspeito de ebola em Belo Horizonte. Um brasileiro de 46 anos, vindo da Guiné, retornou ao país no dia 6 de novembro e, dois dias depois, começou a apresentar sintomas da doença.
O paciente, que terá seu nome preservado, foi internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Pampulha, na capital mineira, nesta terça-feira (10/11). Entre os sintomas estão febre alta, dor muscular e dor de cabeça.
"Imediatamente após a identificação da suspeita, o paciente foi isolado na unidade, e teve início a adoção do protocolo nacional estabelecido para casos suspeitos de ebola", afirmou o Ministério da Saúde, em nota.
O paciente deve ser encaminhado ainda nesta quarta-feira para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), no Rio de Janeiro, referência nacional para o tratamento de ebola. Segundo o ministério, a transferência seguirá todos os protocolos de segurança e será feita num avião da Força Aérea Brasileira.
"É importante tranquilizar a população. O Ministério da Saúde está tomando todas as medidas do protocolo nacional para casos suspeitos de ebola, com base nas diretrizes da Organização Mundial da Saúde", afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Castro.
Ainda de acordo com o órgão, a UPA da Pampulha está temporariamente sem receber novos pacientes. O caso está sendo acompanhado pelas equipes de vigilância do ministério e da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais, e todas as pessoas que tiveram contato com o paciente já foram orientadas e estão sendo monitoradas.
O resulto exame de ebola, que será feito no INI, deverá sair em 24 horas. Caso ele dê negativo, o paciente será submetido a outro exame para a confirmação.
O ebola é transmitido apenas depois que surgem os sintomas, por meio do contato com o sangue, tecidos ou fluidos corporais de indivíduos infectados pelo vírus.
O primeiro caso da recente epidemia da doença foi registrado na Guiné em dezembro de 2013. A partir daí, o vírus se espalhou com rapidez pelos países vizinhos, Libéria e Serra Leoa. Até 1º de novembro, 28,6 mil casos foram detectados nessas regiões e 11,3 mil pessoas morreram de ebola, segundo a Organização Mundial da Saúde.