Castelo de Brühl
21 de março de 2009Antes de mais nada, é fundamental acessar a internet para se certificar dos horários de abertura do palácio de Augustusburg, em Brühl. Pior do que simplesmente passar pela cidade, é não conseguir visitar um dos maiores exemplos de arquitetura barroca e rococó da Alemanha.
História
A primeira referência a Brühl data de 1180, quando o arcebispo de Colônia Philipp von Heinsberg abriu uma residência para administrar as propriedades da região. Durante quase 150 anos, as áreas do arcebispado de Colônia foram dirigidas a partir de Brühl. O palácio, como é hoje conhecido, começou a ser construído em 1725 pelo arquiteto Johann Conrad Schlaun.
Na época, o príncipe-eleitor Clemente Augusto da Baviera decidiu-se pela construção de Augustusburg sobre as ruínas do velho castelo, dinamitado por tropas francesas na guerra de 1689. Clemente Augusto tinha duas razões para escolher o local: a beleza do espaço e sua situação porpícia à criação, ao treinamento e ao cuidado de falcões, sua paixão.
A famosa escadaria rococó de Augustusburg foi desenhada por Balthasar Neumann, que visitou Brühl pela primeira vez em 1740, tendo permanecido na cidade por um longo período.
Fim das obras
Quando Clemente Augusto morreu, em 1761, o trabalho nas salas principais ainda continuava. O seu sucessor, o príncipe-eleitor Max Friedrich von Königsegg, completou as peças de acordo com os desenhos do seu predecessor. Em 1769, Augustusburg foi concluído depois de mais de 40 anos de obras.
No período que se seguiu à Revolução Francesa, o eleitorado de Colônia deixou de existir. O palácio foi tomado pelas tropas francesas que pilharam as mobílias que restavam. Quando Napoleão Bonaparte viu o palácio em 1804, lamentou o fato de este não ter rodas, o que, segundo teria dito, facilitaria seu deslocamento até Paris.
O palácio foi seriamente danificado durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1944, uma bomba atingiu a ala norte e em 1945 a ala principal foi atingida por um bombardeamento de artilharia. As reparações mais urgentes foram iniciadas no mesmo ano, as quais continuaram numa larga escala com a recuperação completa do edifício.
Atualmente, o palácio pertence ao governo da Renânia do Norte-Vestfália. Desde 2001, a administração do palácio permite visitas turísticas regulares, assim como visitas temáticas. São 37 hectares de parque que podem ser visitados. Os jardins foram idealizados por Dominique Girard, que se inspirou no Palácio de Versalhes.
Palácio de Falkenlust e jardins
Construído como pavilhão de caça na primeira metade do século 18, Falkenlust integra – junto com os jardins – o complexo tombado pela Unesco. A primeira pedra foi colocada em julho de 1729 e concluída em 1737. Uma alameda liga o palácio a Augustusburg. A tranquilidade do passeio só é interrompida pelos trens que fazem o trajeto Bonn-Colônia e que passam muito perto dos dois palácios.
Autor: Rodrigo Rodembusch
Revisão: Soraia Vilela