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Candidato dos Verdes deixa corrida presidencial francesa

24 de fevereiro de 2017

A dois meses da eleição para a presidência da França, Yannick Jadot retira candidatura e anuncia apoio ao socialista Benoît Hamon. Gesto é visto como tentativa de não fragmentar voto da esquerda em benefício de Le Pen.

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Yannick Jadot contava com apenas 2% das intenções de voto nas últimas sondagens
Yannick Jadot contava com apenas 2% das intenções de voto nas últimas sondagensFoto: Getty Images/AFP/D. Meyer

O candidato dos Verdes à presidência da França, Yannick Jadot, retirou sua candidatura nesta quinta-feira (23/02) e anunciou que passará a apoiar a campanha do socialista Benoît Hamon.

"Minha responsabilidade é de superar o ego. Nesta noite retiro minha candidatura, porque já há um projeto de esperança", declarou Jadot à emissora francesa France 2, dizendo ter feito um "ótimo" acordo com o candidato do Partido Socialista, o mesmo do atual presidente, François Hollande.

As eleições presidenciais na França estão marcadas para o dia 23 de abril, com segundo turno previsto para 7 de maio. Nas últimas pesquisas eleitorais, Jadot, de 49 anos e que tem uma cadeira no Parlamento Europeu, vinha apresentando apenas cerca de 2% das intenções de voto.

Hamon, por sua vez, espera agora ampliar sua vantagem na corrida presidencial, onde aparece com cerca de 13% nas sondagens mais recentes. Ele segue atrás da populista de direita Marine Le Pen (26%), do independente Emmanuel Macron (22%) e de François Fillon, do UMP (20%).

O socialista, que venceu o ex-primeiro-ministro Manuel Valls nas primárias de seu partido, recebeu com ânimo o apoio de Jadot, que, segundo ele, vai ajudá-lo "a se preparar para as grandes conquistas ecológicas do futuro". "Agradeço a Yannick Jadot. Agradeço aos Verdes por confiarem em mim."

Segundo a imprensa francesa, Hamon teria também apelado ao candidato Jean-Luc Mélenchon, do movimento "A França insubmisa", para que desistisse da corrida e o apoiasse, numa tentativa de não fragmentar o voto da esquerda em benefício de Le Pen. Ele conta com 12% das intenções de voto.

Mélenchon, por sua vez, afirmou na noite desta quinta-feira, de acordo com a agência de notícias AFP, que "não fecha portas" e que estaria disposto a se reunir com Hamon no próximo domingo ou segunda-feira para discutir um acordo. "Estou aberto a discussões", declarou o candidato.

EK/afp/dpa/efe/lusa