Caos no último dia de troca grátis de dinheiro da zona do euro
28 de março de 2002Alguns bancos alemães viveram uma situação caótica nesta quinta-feira, último dia em que os cidadãos podiam trocar, sem pagar taxa de câmbio, dinheiro dos 11 países que adotaram o euro, em substituição às moedas nacionais. Isso aconteceu nos bancos centrais estaduais, instituições tipicamente alemãs, que são bancos independentes e não meras agências do BC. Eles foram os encarregados de fazer a operação de troca das moedas pelo euro.
Protesto de quem ficou de fora
- Em Berlim, cerca de 100 pessoas protestaram diante do banco pelo fechamento às 12h30. O tumulto foi tanto que os responsáveis resolveram abrir as portas novamente às 13h e continuar atendendo. Na capital alemã, mais de 1200 pessoas deixaram para trocar seus francos, liras, pesetas e demais moedas européias na última hora, contrariando o clichê do alemão que planeja tudo com antecedência.Em Düsseldorf também houve muita afluência. "Tanta gente como hoje não tivemos nem no dia 2 de janeiro, quando chegaram as cédulas e moedas do euro", disse Uwe Deichert, coordenador da operação no Banco Central Estadual de Düsseldorf. Ali foram atendidos todos os clientes que se encontravam dentro do banco quando este fechou as portas às 13h, o que significou horas extras para os funcionários.
As taxas
- Os bancos (Landeszentralbanken) contam com movimento tranqüilo quando reabrirem após a Páscoa, pois então cobrarão taxas e, se a quantidade a ser trocada for pequena, já não valerá a pena. Em princípio, a taxa é de 1% do valor do dinheiro, mas de 10 euros no mínimo. E os bancos só trocarão importâncias acima de 20 euros.Para quem ainda ficou com moedas das últimas férias na Grécia ou em Portugal, será preferível doar ao Unicef, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, à Cruz Vermelha ou outra das instituições que estão juntando cédulas e moedas da zona do euro.