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Castelo de Schwerin é novo Patrimônio Mundial da Unesco

Publicado 28 de julho de 2024Última atualização 28 de julho de 2024

Local em Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental sobreviveu intacto à Segunda Guerra e hoje abriga museu e parlamento estadual. No Brasil, Lençóis Maranhenses também ganharam título.

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Castelo de Schwerin iluminado no fim da tarde
Castelo de Schwerin ganhou a aparência que tem hoje na primeira metade do século 19Foto: Stefan Ziese/blickwinkel/IMAGO

O Castelo de Schwerin, no estado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, na Alemanha, ganhou neste sábado (28/07) o título de Patrimônio Mundial da Unesco, órgão das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

Com isso, o conjunto arquitetônico e seus jardins, que se estendem por parte do centro histórico de Schwerin, agora fazem parte da prestigiosa lista da Unesco que inclui maravilhas arquitetônicas como o Taj Mahal, na Índia, a Muralha da China, as Pirâmides de Gizé, no Egito, as ruínas da cidade inca de Machu Picchu, no Peru, e a Acrópolis de Atena, na Grécia.

A decisão foi anunciada durante a 46ª sessão do comitê da Unesco, que continua até o fim do mês em Nova Délhi, na Índia.

O Castelo de Schwerin é o 54º local da Alemanha a figurar na lista da Unesco, que inclui mais de 1,2 mil atrações naturais, arquitetônicas e históricas ao redor do mundo.

Castelo tem mais de 30 edificações, anexos e jardins

O reconhecimento da Unesco vale não só para o castelo em si, mas também para todo o complexo de edificações que faz parte da obra arquitetônica: teatro, igrejas, instalações militares, uma estação de trem, uma escola para funcionários públicos, residências e um estábulo, além dos jardins.

Jardins do Castelo de Schwerin
Jardins do Castelo de Schwerin: candidatura à lista da Unesco tramitava há mais de 20 anosFoto: G. Dienst/Zoonar/picture alliance

Em comunicado, a Unesco afirma que o complexo é um dos símbolos mais recentes da arte da construção de castelos na Europa do século 19.

"A interação dos estilos arquitetônicos, edifícios e parques forma uma obra de arte harmoniosa, que reflete toda a infraestrutura da vida da corte e a estética romântica do século 19", afirmou o órgão.

Hoje, o castelo abriga o parlamento estadual de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental e um museu.

Lençóis Maranhenses também estão na lista

A Unesco anunciou neste sábado outras 12 inclusões da lista de Patrimônio Mundial, como a Via Ápia, na Itália – uma das principais estradas da Roma antiga – e dois locais na África do Sul que fazem parte da memória do apartheid.

Na sexta-feira, foi a vez do Brasil, que teve o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses reconhecido como Patrimônio Natural da Humanidade.

Vista aérea dos Lençóis Maranhenses
Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses é o oitavo Patrimônio Natural da Humanidade brasileiro eleito pela UnescoFoto: Michael Runkel/robertharding/picture alliance

Famoso pelas lagoas cristalinas que se formam entre as dunas brancas no período de chuvas, o parque é o maior campo de dunas da América do Sul, com 155 mil hectares – maior que a cidade de São Paulo –, e está em uma zona de transição dos biomas Cerrado, Caatinga e Amazônia, a cerca de 250 quilômetros de São Luís do Maranhão. É composto por áreas de restinga, campos de dunas livres e costa oceânica.

O parque, que existe há mais de 40 anos, é atualmente gerido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A inclusão na lista da Unesco se deu porque, além da beleza natural, o parque tem importância geológica e é essencial à conservação da biodiversidade local, inclusive de espécies ameaçadas.

O dossiê de candidatura dos Lençóis Maranhenses foi encaminhado em 2018.

Com isso, o Brasil possui agora 24 sítios considerados patrimônio mundial, sendo oito deles naturais: além dos Lençóis, completam a lista o Parque Nacional de Iguaçu, em Foz do Iguaçu; as reservas de Mata Atlântica, em São Paulo e Paraná; a Costa do Descobrimento, na Bahia e Espírito Santo; as áreas Protegidas da Amazônia Central e do Pantanal; a Chapada dos Veadeiros e o Parque Nacional das Emas, em Goiás; além do arquipélago de Fernando de Noronha e o Atol das Rocas.

ra (Agência Brasil, dpa, ots)