Cerco a hotel em Burkina Faso acaba com ao menos 23 mortos
16 de janeiro de 2016O cerco de horas ao hotel de luxo em Ouagadougou, capital de Burkina Faso, terminou neste sábado (16/01) com a morte de pelo menos 23 pessoas, incluindo quatro terroristas. As forças de segurança libertaram 126 pessoas do prédio, segundo o ministro do Interior do país, Simon Compaore.
O presidente de Burkina Faso, Roch Marc Christian Kabore, afirmou que um total "parcial" de 23 pessoas de 18 nacionalidades foram mortas no ataque ao hotel Splendid. Segundo o embaixador francês Gilles Thibault, 27 pessoas morreram no assalto. O diplomata, afirmou, ainda, que foram libertados 150 reféns, de 18 nacionalidades.
Pelo menos 33 dos reféns foram feridos durante tiroteio, na operação de resgate realizada por tropas do país, apoiadas por forças especiais francesas. Três jihadistas foram mortos na troca de tiros no hotel Splendid. Um quarto terrorista foi morto em um hotel próximo.
Soldados invadiram o hotel Splendid, na capital de Burkina Faso na manhã deste sábado, cerca de cinco horas depois de militantes ligados à Al Qaeda lançarem um ataque contra o local por volta das 19h30 desta sexta-feira, horário local.
O tiroteio começou quando os primeiros assaltantes armados abriram fogo no restaurante Cappuccino, antes de invadirem o hotel Splendid.
As forças de segurança chegaram pouco depois, provocando uma intensa troca de tiros no distrito de negócios da capital. Dois carros bomba explodiram do lado de fora do hotel. Fontes de segurança disseram que dois dos quatro militantes eram mulheres.
Um incêndio começou no hotel, depois que soldados usaram explosivos para entrarem no prédio, em uma tentativa de libertar os reféns. O incêndio se espalhou tanto para dentro como para fora do edifício.
A Al Qaeda no Magreb Islâmico (AQIM, na sigla em inglês) reivindicou a autoria do ataque, acrescentando que ele foi uma "vingança contra a França e os infiéis do Ocidente".
Mais de 3.500 cidadãos franceses vivem em Burkina Faso, uma antiga colônia francesa. A França também tem tropas na África Ocidental, que combatem militantes jihadistas na região do Sahel.
Em dezembro, o grupo extremista convocou jihadistas de vários países, inclusive de Burkina Faso, a fazer ataques. A AQIM assumiu a autoria do atentado que deixou 20 mortos no Mali em novembro.
MD/afp/dpa/rtr