1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Chefe do Hisbolá convoca protestos no Líbano contra filme sobre Maomé

17 de setembro de 2012

Logo após o papa Bento 16 deixar o país, líder do grupo xiita convoca uma semana de protestos em várias cidades libanesas e ataca Estados Unidos e Israel.

https://p.dw.com/p/16ADn
Hezbollah leader Sheik Hassan Nasrallah, speaks to the crowd in a rare public appearance during a rally to mark the Muslim holy day of Ashoura, in the Hezbollah stronghold of south Beirut, Lebanon, on Tuesday Dec. 6, 2011. Sheik Hassan Nasrallah has rarely been seen in public since his Shiite Muslim group battled Israel in a monthlong war in 2006, fearing Israeli assassination. Since then, he has communicated with his followers and gives news conference mostly via satellite link. Ashoura marks the anniversary of the death in the seventh century of the Prophet Muhammad's grandson Imam Hussein. His death in a battle outside of the Iraqi city of Karbala sealed Islam's historical Sunni-Shiite split, which still bedevils the Middle East. Ashoura is one of the holiest days of the Muslim Shiite calendar. (Foto:Bilal Hussein/AP/dapd)
Hassan NasrallahFoto: AP

O líder do grupo militante xiita Hisbolá, Hassan Nasrallah, convocou neste domingo (16/09) uma semana de protestos por todo o Líbano contra o filme que satiriza o Islã e o profeta Maomé, mas pediu aos muçulmanos que não ataquem embaixadas estrangeiras.

Nasrallah discursou algumas horas depois que o papa Bento 16 deixou o país, após uma visita histórica de três dias na qual pediu aos líderes do Oriente Médio que busquem um caminho de paz e reconciliação.

"O mundo inteiro precisa ver a nossa raiva em nossos rostos, em nossos punhos e em nossos gritos", declarou Nasrallah. "O mundo inteiro deve saber que o profeta Maomé tem seguidores que não vão ficar calados perante essa humilhação."

Segundo ele, a ira dos manifestantes muçulmanos se volta contra os Estados Unidos e Israel, e não contra cristãos. O governo dos EUA usa a liberdade de expressão como desculpa para que o filme seja divulgado, afirmou. Nasrallah pediu punição aos autores do filme.

Num discurso transmitido pela emissora do Hisbolá, Nasrallah afirmou que o filme sobre Maomé é o pior ataque já perpretado contra o Islã, pior que os Versos Satânicos de Salman Rushdie, a queima do Alcorão no Afeganistão e a publicação de charges sobre Maomé na imprensa europeia.

O xeque muçulmano prometeu ainda organizar protestos em diferentes zonas do Líbano, todas majoritariamente xiitas: Beirute, nesta segunda-feira; Tiro, na quarta-feira; Baalbek, na sexta-feira; Bint Jbeil, no sábado; e Hermel, no domingo.

O líder do Hisbolá defendeu ainda a adoção de um acordo internacional que proíba ataques contra qualquer religião.

RO/afp/lusa/ap/kna/dpa
Revisão: Alexandre Schossler