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China fecha milhares de fábricas por causa da poluição

1 de dezembro de 2015

Concentração de partículas microscópicas no ar de Pequim é 24 vezes superior ao máximo considerado seguro pela OMS. Governo pede às pessoas para evitarem sair às ruas.

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Foto: Reuters/D. Sagolj

O governo da China ordenou o fechamento de 2.100 fábricas e pediu à população para que não saia às ruas devido ao agravamento da poluição, que em Pequim registra valores 24 vezes acima do que é considerado seguro para a saúde.

Uma densa névoa cinzenta envolve a capital nesta terça-feira (1º/12), com a concentração de PM2,5 – partículas microscópicas que penetram os pulmões – subindo até os 598 microgramas por metro cúbico. Em alguns subúrbios, a concentração chegou a 900 microgramas por metro cúbico.

Os níveis ultrapassam largamente o máximo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 25 microgramas por metro cúbico. Na cidade de Jinan, a centenas de quilômetros da capital, os valores chegaram aos 400.

A fumaça que toma conta de Pequim deixa pouco visíveis edifícios que ficam a apenas alguns metros de distância. Muitas pessoas usam máscaras para andar nas ruas.

"É o pior dia que tivemos este ano", disse Liu Feifie, de 36 anos. "Sinto minha garganta totalmente congestionada e irritada. Mas a minha maior preocupação é com a saúde de meu filho de 7 anos."

Empresas aéreas cancelaram mais de 30 voos em Pequim e Xangai, muitos para a província de Shaanxi, uma grande produtora de carvão e onde a poluição é extremamente elevada.

As críticas à situação do meio ambiente na China subiram de tom depois de o presidente Xi Jinping ter discursado na Conferência do Clima da ONU, em Paris, nesta segunda-feira. Ele prometeu agir em relação às emissões de gases do efeito estufa, mas também repetiu apelos antigos e disse que as nações mais pobres não devem sacrificar seu crescimento econômico.

A maioria das emissões poluentes na China vem da queima do carvão, que sobe no inverno, com o aumento da procura por aquecimento, gerando nuvens de poluição.

Estima-se que a China tenha emitido entre 9 bilhões e 10 bilhões de toneladas de dióxido de carbono em 2013, quase o dobro dos Estados Unidos e cerca de duas vezes e meia mais do que a União Europeia.

AS/lusa/ap/afp