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Chuvas em Minas Gerais e Espírito Santo matam ao menos 53

26 de janeiro de 2020

Defesa Civil mineira alerta para possíveis deslizamentos em nove cidades da região metropolitana de Belo Horizonte. No Espírito Santo, há risco de rompimento de barragem, e área foi evacuada.

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Pessoas avaliam destruição em casa verde, em meio a escombros provocados por deslizamento
Destruição causada pela chuva em Ibirité, na região metropolitana de Belo HorizonteFoto: picture-alliance/AP Photo/Futura Press/A. Mota

O número de mortos devido às fortes chuvas que atingem o estado de Minas Gerias nos últimos dias subiu para 44, informou a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil no final da tarde deste domingo (26/01).

O órgão contabilizou 19 desaparecidos, 12 feridos, 3.354 desabrigados e 13.887 desalojados no estado. Somada à tragédia provocada pelos recentes temporais de verão no Espírito Santo, a cifra de vítimas na região Sudeste chega a 53.

O governo decretou situação de emergência em 47 cidades de Minas. De acordo com a Defesa Civil mineira, há risco grande de deslizamento em nove cidades da região metropolitana de Belo Horizonte: Sabará, Rio Acima, Brumadinho, Contagem, Nova Lima, Betim, Ribeirão das Neves e Ibirité, além da própria capital. Em Belo Horizonte, somente na sexta-feira, foram registradas 72 ocorrências do tipo.

Neste domingo, o  governador de Minas Gerais, Romeu Zema, sobrevoou dezenas de cidades afetadas, acompanhado do ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, e de oito prefeitos. O ministro assegurou recursos da União para ajudar na recuperação dos municípios.

"Obras de infraestrutura deverão ser feitas assim que o tempo possibilitar, principalmente aquelas que estão impedindo algum tipo de acesso, mas nossa prioridade no momento é a ajuda humanitária. Já disponibilizamos toda a estrutura da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, todas as suas unidades estão disponíveis para receber mantimentos não perecíveis, produtos de limpeza, de higiene pessoal, também colchões e lençóis", disse Zema, que também declarou luto oficial de três dias no estado.

Entre quinta e sexta-feira, o volume foi o maior registrado desde que teve início o monitoramento, no ano de 1910. A previsão é que a intensidade das chuvas comece a diminuir.

Risco de rompimento de barragem

No Espírito Santo, foram registrados, desde o último dia 17, quando começou a chover forte em vários municípios, mais de 8 mil desabrigados em 16 cidades. De acordo com a Defesa Civil do estado, os índices pluviométricos apontam que chegou a chover 250mm em apenas 24 horas. 

O governo do Espírito Santo emitiu neste domingo alerta para risco de rompimento de barragem. Pelo Twitter, o governo informou que a empresa Statkraft, responsável pela Barragem Francisco Grossi, em Alegre, decidiu pela aplicação do Plano de Ação de Emergência. As proximidades da usina e do distrito de Rive foram evacuadas e a Defesa Civil orientou a população a buscar locais seguros.

Equipe do Ministério do Desenvolvimento Regional atua em apoio aos trabalhos de resposta às fortes chuvas que atingiram a região metropolitana de Belo Horizonte e o Espírito Santo. Profissionais da Defesa Civil Nacional estão em ambas as localidades para auxiliar na mitigação dos danos humanos e materiais causados pelos desastres.

A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), do Ministério do Desenvolvimento Regional, elevou o status de operação do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) para alerta máximo.

MD/ebc/ots

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