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EsporteAlemanha

Cinco jogadores da seleção alemã são colocados em quarentena

9 de novembro de 2021

Após testar positivo, o zagueiro Niklas Süle e mais quatro atletas que viajaram com ele são isolados do restante do elenco. Um deles é Joshua Kimmich, que, recentemente, declarou publicamente que não se vacinou.

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Os jogadores Serge Gnabry, Jamal Musiala, Niklas Süle e Thomas Müller num treinamento da seleção alemã
Niklas Süle (2º da dir.) durante treinamento da seleção alemã em outubro, antes do duelo com a Macedônia do NorteFoto: Marcus Brandt/dpa/picture alliance

Cinco jogadores convocados para representarem a Alemanha nas duas rodadas finais das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022 foram colocados em quarentena, após o zagueiro Niklas Süle ter testado positivo para o coronavírus.

O defensor do Bayern de Munique testou positivo na segunda-feira (08/11), quando foi feita a testagem obrigatória na apresentação de atletas e comissão técnica em Wolfsburg. Inicialmente, a Federação Alemã de Futebol (DFB) não revelou qual jogador havia testado positivo, apenas que este possui o programa vacinal completo e não apresentava sintomas.

Quatro atletas que viajaram com Süle do sul da Alemanha até Wolfsburg, e que consequentemente tiveram contato próximo, também foram isolados do restante do elenco: três companheiros de Bayern de Munique – os atacantes Serge Gnabry e Jamal Musiala e o volante Joshua Kimmich – e o atacante do RB Salzburg, Karim Adeyemi. Os quatro testaram negativo para covid-19.

Hansi Flick nomeia substitutos

"Esta notícia ante as duas últimas partidas eliminatórias para a Copa do Mundo é muito difícil, tanto para a comissão técnica quanto para toda a equipe, mas a saúde e o bem-estar são nossa prioridade, claro", disse o diretor da seleção alemã, o ex-jogador Oliver Bierhoff.

"O número de casos de coronavírus tem aumentado fortemente em todo o país. Por isso, continuaremos a implementar as medidas de higiene e comportamentais em vigor para o último jogo internacional do ano, para que possamos lidar com a situação atual da forma mais responsável possível", concluiu Bierhoff.

O treinador Hansi Flick reagiu rapidamente e nomeou três jogadores para completar o elenco: o atacante Kevin Volland, do francês Monaco, e os meias Ridle Baku e Maximilian Arnold, ambos do Wolfsburg. Na segunda-feira, Flick já havia convocado o zagueiro Jonathan Tah, do Bayer Leverkusen, mas para substitui o também zagueiro Nico Schlotterbeck, do Freiburg, que se lesionou. 

Süle já havia testado positivo há cerca de 12 meses, mas todos os testes subsequentes deram negativo. A vacinação não é obrigatória para os atletas da Bundesliga, mas aqueles que não estão imunizados ou que não se recuperaram de uma infecção por coronavírus são submetidos a testes frequentes.

Kimmich entre os atletas isolados 

As taxas de infecção pelo coronavírus estão numa crescente na Alemanha e alcançaram parâmetros epidêmicos, inclusive com quebras de recordes de casos registrados diários e semanais. E, recentemente, justamente um dos atletas agora isolados – no caso, Kimmich – acalentou o debate em torno da vacinação ao afirmar que optou por ainda não ser imunizado. Ele justificou sua escolha dizendo ter algumas preocupações, mas não descartou a possibilidade de ser vacinado no futuro.  

A postura de Kimmich levou o ministro do Interior da Alemanha, Horst Seehofer, pedir que o atleta – uma das principais figuras do Bayern de Munique e da seleção alemã – repensasse sua posição, pois "a vacinação é a principal arma na luta contra a pandemia".

Kimmich não é o único jogador da Bundesliga que rejeitou a vacinação, mas faz parte de um grupo bastante minoritário. De acordo com dados divulgados no mês passado pela Liga Alemã de Futebol (DFL), mais de 90% dos atletas e membros das comissões técnicas e dos bastidores nas duas principais divisões do futebol alemão estão imunizados.

Já classificada para a Copa do Mundo de 2022, a Alemanha apenas cumpre tabela nas duas rodadas restantes das Eliminatórias – na quinta-feira, em Wolfsburg, recebe Liechtenstein, e fecha o ano contra a Armênia, no domingo, em Yerevan.

pv (dpa, AFP, ots)