Coalizão se relança para eleições de 2006
10 de julho de 2004A coalizão de governo entre social-democratas e verdes computa a implementação de suas reformas como prenúncio de seu terceiro mandato. O encontro de gabinete realizado neste sábado (10/07), em Neuhardenberg, foi comemorado pel pela coalizão como um sucesso da combinação verde-vermelha.
Verde-vermelho
- Apesar de os últimos resultados eleitorais dos social-democratas terem sido bastante negativos, Schröder destacou que a coalizão nunca trabalhou em tanta sintonia, explicitando que a meta do Partido Social-Democrata (SPD) e dos Verdes é se reeleger em 2006.Teoria das cores
- O ministro do Exterior, Joschka Fischer, por sua vez, praticamente iniciou a campanha eleitoral para o próximo mandato: "A situação não está nada fácil, mas considero realista anunciar desde já que não só nos recandidataremos juntos, mas que também vamos vencer. Queremos esta política, queremos este chanceler." E gracejou: "Em 2006, não haverá uma nova teoria das cores."Reformas continuam
- Após a aprovação da reforma do mercado de trabalho pelo Bundesrat, a alta câmara do Parlamento alemão, na sexta-feira (9/7), a coalizão de governo pôde respirar aliviada por ter completado mais um passo dificultoso. No encontro de Neuhardenberg, Schröder advertiu, no entanto, que o processo de reformas não acabou: "As reformas só poderão ser dadas por encerradas após sua implementação."Diálogo com dissidentes
- Antes do recesso de verão, Schröder pretende negociar com os governadores do leste do país que se opuseram à nova lei que regulamenta o mercado de trabalho. No final de agosto ou início de setembro, o gabinete pretende se reunir de novo para avaliar a implementação das reformas.Oposição interna - A crescente insatisfação da ala dos social-democratas mais próxima aos sindicalistas, que já ameaçaram de criar um partido próprio, também faz parte dos desafios políticos que Schröder terá que enfrentar entre seus próprios correligionários. Isso, sem contar a crescente perda de prestígio do governo junto à população por causa da impopularidade de suas reformas e a ansiedade dos democrata-cristãs em abandonar os bancos da oposição.