COI facilita processo de candidatura para cidades-sede das Olimpíadas
8 de dezembro de 2014O processo de candidatura das cidades-sede dos Jogos Olímpicos deve ficar mais fácil e barato, divulgou o Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta segunda-feira (08/12). A decisão, anunciada no início da 127ª assembleia-geral do COI, faz parte de uma "nova filosofia", disse o alemão Thomas Bach, presidente do comitê.
No total, até esta terça-feira, deverão ser votadas 40 propostas de modificação, conhecidas como Agenda 2020, durante a cúpula de reformas do COI que está sendo realizada em Monte Carlo.
Além das mudanças no processo de candidatura, instalações esportivas já existentes também deverão ser mais bem aproveitadas. Em alguns casos, competições preliminares poderão ser realizadas fora da cidade-sede e, em casos específicos – devido à geografia ou à sustentabilidade –, até mesmo em outros países.
De forma geral, o projeto olímpico deverá ser mais bem integrado ao desenvolvimento urbano da cidade-sede. No futuro, o COI não pretende mais estabelecer pré-requisitos inflexíveis, em vez disso, deseja convidar a cidade para "conversar" sobre a sua candidatura. A ideia geral é se adaptar às cidades-sede com a redução de exigências, custos e maior sustentabilidade.
Sustentabilidade e tolerância
Para economizar nos custos, o COI vai reduzir o número de apresentações da candidatura a quatro: para os membros do comitê, para as associações internacionais participantes, para os comitês olímpicos nacionais e para a sessão decisiva.
Com o estabelecimento de padrões, o COI pretende tornar a sustentabilidade um mandamento para todo esporte olímpico. Para tal, deve ser formada uma comissão de meio ambiente/sustentabilidade e uma cooperação com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
Em reação aos Jogos Olímpicos de Inverno, realizados em Sochi, em meados deste ano, aos princípios fundamentais da Carta do COI deverá ser acrescentada a proibição da discriminação sexual.
Quarenta pontos de reforma
O COI está diante das reformas mais abrangentes dos últimos 15 anos. Futuramente, o comitê quer que a programação dos Jogos Olímpicos não seja mais orientada por modalidades esportivas (até agora no máximo 28 para os Jogos de Verão e sete para os Jogos de Inverno), mas pelo número de disciplinas.
Assim, no verão, deverão acontecer no máximo 310 competições, e o número máximo de atletas continuará limitado a 10,5 mil. Nos jogos de inverno, serão no máximo 100 competições e 2,9 mil atletas.
As cidades-sede terão direito de sugerir novas modalidades esportivas, que podem ser integradas aos Jogos Olímpicos – dependendo da anuência por votação no COI.
Entre as outras reformas a serem votadas, está também a criação de um canal de TV digital como plataforma para promover os Jogos Olímpicos. Thomas Bach está confiante de que todas as sugestões serão aprovadas. "Queremos implementar todos os 40 pontos", disse o presidente do COI no início da cúpula em Monte Carlo.
CA/dpa/sid