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Comandante do Hisbolá é morto na Síria

13 de maio de 2016

Mustafa Badreddine morre em explosão perto do aeroporto de Damasco. Ele liderava as forças da milícia libanesa na Síria e era acusado do assassinato do ex-premiê do Líbano Rafic al-Hariri, em 2005.

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Mustafa Amine Badreddine, comandante militar do grupo xiita libanês Hisbolá, morto na Síria
Mustafa Amine Badreddine, comandante militar do grupo xiita libanês Hisbolá, morto na SíriaFoto: Reuters/Hezbollah Media Office

O grupo xiita Hisbolá divulgou nesta sexta-feira (13/05) que o seu comandante militar na Síria, Mustafa Amine Badreddine, morreu numa explosão perto do aeroporto de Damasco. O grupo afirmou que está tentando "definir a natureza da explosão e sua causa, e se ela foi resultado de um ataque aéreo, um míssil ou artilharia".

"As informações recolhidas no decurso de uma investigação preliminar revelam que uma grande explosão visou uma das nossas posições perto do aeroporto internacional de Damasco, matando o comandante Mustafa Badreddine e ferindo outras pessoas", afirmou o Hisbolá, que combate os rebeldes sírios ao lado das tropas do presidente Bashar al-Assad.

A emissora Al-Mayadeen, que é próxima ao Hisbolá, afirmou que Badreddine foi morto num ataque aéreo israelense, na terça-feira à noite. Israel atacou alvos na Síria ao longo dos últimos cinco anos de guerra civil, mas não confirmou se é responsável pela morte do libanês.

Badreddine, que tinha 55 anos, era o responsável pelas operações militares do Hisbolá na Síria. Ele se tornou comandante do grupo em 2008, depois de seu antecessor, Imad Mughniyeh, ter sido morto num ataque com carro-bomba em Damasco, também atribuído a Israel.

Badreddine, que participava de operações do Hisbolá desde 1982, foi considerado, pelo Tribunal Especial para o Líbano, criado em 2007 por decisão do Conselho de Segurança da ONU, um dos cinco mentores e executores do assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafic al-Hariri, em 2005. O ataque matou também outras 22 pessoas. O julgamento começou no ano passado e está em curso.

Em 2012, o Tesouro dos Estados Unidos impôs sanções a Badreddine e a uma série de outros líderes do Hisbolá pelo apoio do movimento libanês ao regime de Assad, assim como o seu papel em atividades terroristas. Os EUA e a União Europeia consideram a ala militar do Hisbolá um grupo terrorista.

PV/lusa/ap/rtr/afp