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Começa julgamento de árbitro que manipulou jogos

(rw)18 de outubro de 2005

O ex-juiz Robert Hoyzer, de 26 anos, é acusado de 11 manipulações. O réu confesso atribuiu o crime ao vício. Trata-se do maior escândalo no futebol alemão das últimas três décadas.

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Ex-juiz Robert Hoyzer no tribunalFoto: AP

Começou nesta terça-feira (18/10) em Berlim o julgamento do ex-árbitro de futebol Robert Hoyzer, de 26 anos, acusado de haver manipulado 11 partidas de futebol, algumas também da Primeira Divisão. Entre os réus estão ainda seu ex-colega Dominik Marks e o ex-jogador profissional Steffen Karl, assim como os irmãos croatas Filip, Milan e Ante Sapina.

Segundo o Ministério Público, houve tentativas de manipulação num total de 23 jogos desde as ligas regionais até a Primeira Divisão, na Copa da Alemanha e num amistoso da Primeira Divisão turca. O prejuízo com o maior escândalo dos últimos 30 anos no futebol alemão é estimado em mais de dois milhões de euros. A Federação Alemã de Futebol proibiu Hoyzer de apitar partidas até o final de sua vida.

Jahresrückblick 2005 Januar Der Schiedsrichter Robert Hoyzer waehrend des DFB-Pokalspiels zwischen dem SC Paderborn und dem Hamburger SV am 21. August 2004 in Paderborn. p178
Hoyzer foi proibido de apitarFoto: AP

O maior prejuízo – à imagem e credibilidade do futebol alemão –, entretanto, ainda não pôde ser contabilizado, mas já representa um grande problema, a alguns meses da Copa. Enquanto o escândalo parecia envolver apenas a Segunda e Terceira divisões, poucos preocupavam-se com a imagem do país frente ao Mundial.

O jornal esportivo Kicker Online reproduz o texto do fax enviado pelo escritório de advocacia de Hoyzer: "As acusações levantadas publicamente contra mim são verdadeiras. Lamento profundamente meu comportamento e peço desculpas à Federação Alemã de Futebol (DFB), aos meus colegas de profissão e a todos os torcedores. Documentei de forma completa e franca todo meu comportamento e o conhecimento completo que tenho a respeito das fraudes, assim como das pessoas envolvidas na história. Coloco-me à disposição do Ministério Público e da DFB para esclarecer tudo o que for necessário".