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Começam trabalhos da CPI do serviço secreto

11 de maio de 2006

Comissão Parlamentar de Inquérito que investigará as atividades do serviço secreto alemão BND por ocasião da invasão do Iraque começou seus trabalhos nesta quinta-feira (11/05) em Berlim.

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Foto: dpa

A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga as atividades do serviço alemão de informações (Bundesnachrichtendienst, BND) na guerra no Iraque começou seus trabalhos nesta quinta-feira (11/05) em Berlim. Por coincidência, no mesmo dia, aconteceram as cerimônias festivas pelos 50 anos de atividades do BND. Numa delas, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, advertiu do questionamento das atividades do órgão devido à CPI.

"Precisamos dos nossos serviços secretos. A eles não existem alternativas", acentuou Angela Merkel. Ela ressaltou a importância do BND no combate ao terrorismo internacional e defendeu a cooperação com nações amigas, "entre as quais os Estados Unidos".

O objetivo dos parlamentares é investigar o papel de dois agentes alemães em Bagdá, acusados de terem repassado informações sobre alvos iraquianos aos EUA durante a guerra no Iraque. Para o diretor do BND, Ernst Uhrlau, a CPI – requerida por democratas-cristãos e liberais ainda no governo do social-democrata Gerhard Schröder – deixa seu órgão em situação difícil. Ele acrescentou que, no entanto, "o fato de o BND ter de se submeter a questionamentos dos céticos é uma conseqüência da história alemã".

O presidente da CPI, o democrata-cristão Siegfried Kauder (CDU), prevê que a primeira testemunha deverá prestar depoimento em junho. Os trabalhos da comissão devem se estender até o final do ano.