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Como o 11 de Setembro mudou a sua vida ou visão de mundo?

19 de setembro de 2011

Nossos usuários foram convidados a comentar como vivenciaram o 11 de Setembro e como os ataques terroristas influenciaram sua visão de mundo. Confira uma seleção dos relatos enviados.

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Foto: AP/DW

Era um dia comum, pelo menos aparentava ser, quando pouco depois das 8h30 um avião comercial colidiu com uma das torres mais famosas do mundo. Naquele momento, todos ao meu redor emudeceram, ficaram perplexos e desnorteados, nem imaginávamos que se tratava de um atentado terrorista. Ali começava o maior desastre do século 21 e tinha início também a caçada aos desumanos que exerceram um ato de extrema falta de coração. Logo depois atacaram a segunda torre, e o que parecia ruim ficou ainda pior. Um dia inesquecível, não só para os americanos, mas para toda a população mundial. Ficam só as lembranças dos heróis que, naquele dia, mostraram que a maioria das pessoas deste planeta é de Deus.
Carlos Santos

O impacto causado abalou corações em todo o mundo. Vale lembrar que, no passado, ocorreram coisas piores, pouco divulgadas devido à mídia daquela época. O ser humano tem o grande defeito (ou virtude) de esquecer o passado, limpar as lágrimas e seguir adiante com a vida. O simbolismo de tudo isto é que o fato não aconteceu, ele está no gerúndio, está ACONTECENDO. Nesta hora em que escrevo não me sinto seguro como me sentia antes do 11 de Setembro, ou seja, nunca se sabe o que pode acontecer no segundo adiante. Todas as imagens daquele acontecimento ficaram na minha mente até hoje. Não se deve comemorar a morte e sim a VIDA. (...) Pessoalmente, procuro viver cada dia intensamente, procurando meus amigos, fazendo novos, amando minha família e a todos. Quem planta boas sementes colhe bons frutos...sempre. Muita paz!
Luiz Carlos Maia Santos

Eu tinha apenas 11 anos no dia do acontecimento. Era uma menina que gostava de assistir a desenhos antes de ir para a escola. Naquela manhã, estava arrumando meu material escolar e assistindo a Dragon Ball Z na Rede Globo, quando a programação foi cortada e anunciaram a notícia. Até aquele momento, nada sabia sobre terrorismo ou política. Mas o que mais me impressionou foi ver pessoas se jogando do alto das torres para tentar salvar suas vidas. O que fez aquelas pessoas pensaram em realizar tal ato? Morrer queimado seria pior do que se jogar de muitos metros de altitude e se espatifar no chão?

Naquela época eu era uma menina diferente das outras da minha idade. Pais sempre brigando, irmãos sempre muito ocupados e poucos amigos na escola me renderam uma depressão incomum para uma criança de 11 anos. Refugiei-me na televisão. Assistia 12 horas ou mais por dia. Não demorou muito até pensamentos estranhos entrarem na minha cabeça e me levarem a realizar coisas indesejadas e ter leves alucinações. Palpitações no peito foram surgindo aos poucos, além de uma tristeza que nunca havia sentido antes em uma vida tão curta. Até o dia 11 de setembro de 2001 eu era assim.

Gravatas esvoaçando no céu, braços e pernas se movimentado a esmo, isso me deixou mutissímo impressionada. A partir daquelas cenas e daquele dia, algo mudou muito dentro de mim. Percebi que a vida era muito mais do que passar horas na frente da televisão me entediando. Comecei a me imaginar dentro do prédio... Se eu descesse, morreria queimada... E, se continuasse parada, aconteceria o mesmo. A única alternativa era pular... mas e depois? Morreria do mesmo jeito! Mas quem sabe algum helicóptero passaria e me seguraria, ou mesmo um anjo me pegaria pelos braços e me levaria até o céu... Sim... A vida sempre vale a pena!

Nunca esqueci do momento em que cheguei a esta conclusão: foi no dia seguinte ao acontecido, de menina triste e com tendências suicidas passei a ver a vida e o mundo com outros olhos. Vi que as pessoas que se jogavam não queriam se suicidar e sim lutavam pela suas vidas! Percebi que a tristeza não movia minha vida. Comecei a ler mais e mais, li livros para minha idade e livros muito além do meu entedimento, comecei com As mil e uma noites e livros sobre árabes. Eu vi outro mundo. E vi que ele é muito maior do que eu imaginava. E também vi que no dia 11 de Setembro de 2001 não foi só a Gisele que mudou, o mundo também estava mudando totalmente. E eu estava podendo viver tudo aquilo! Que felicidade para uma menina de onze anos perceber que ela era alguém na história da humanidade!
Gisele Gomes

Sobre o 11 de Setembro, não tenho muito a dizer. Mas foi um acontecimento que abalou grandemente o mundo e a mim particularmente, vendo aquelas pessoas dentro dos aviões e nas torres a morrer de forma inglória. Comigo fica o sentimento de pesar e de solidariedade indireta com o slogan “combatamos o terrorismo o mais rápido possível”, acabemos por favor com as guerras, que não têm razão de existir. Tudo por causa da ganância desmedida dos homens. Please stop the war.
Camilo Gonçalves

Para mim foi um choque. Fiquei apreensivo, achando que tinha começado uma terceira guerra mundial. Muitos conhecidos ficaram alegres com o ataque, por considerarem a atitude dos estadunidenses arrogante em relação ao mundo. É como se estivessem recebendo uma espécie de castigo. Não aprovei os atentados. Não se apaga fogo com fogo.
Everardo Ferreira Araújo