Clima
25 de setembro de 2007Na conferência do clima convocada pelas Nações Unidas, a chanceler federal, Angela Merkel, lembrou que "as mudanças climáticas vão provocar danos dramáticos, se não agirmos de forma decisiva". Frente a políticos de 150 países presentes à conferência, Merkel acentuou os perigos observados no número crescente de inundações e secas.
Para a chanceler federal alemã, os países industrializados têm obrigação de reduzir as emissões de CO2. "Não são apenas os fatos em si e os números que nos chamam para a negociação, mas também a pergunta: em que mundo queremos viver no futuro? Não é apenas uma questão econômica, mas também moral", declarou Merkel.
Para além do Protocolo de Kyoto
A conferência para a discussão do assunto já é "um passo importante" para a elaboração de um documento que sucederá o Procolo de Kyoto, acredita a chefe de governo alemã. Berlim defende também a introdução de uma tabela de emissões, que estabeleceria os custos para cada país com suas emissões.
A União Européia havia concordado em reduzir as emissões de gás carbônico em 20% entre os anos de 1990 e 2020, mas tanto Merkel quanto o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, defendem um aumento da redução para até 30%, caso um acordo internacional inclua outras regiões do planeta.
"Os países industrializados têm que exercer um papel pioneiro. Eles têm que determinar para si próprios metas ambiciosas de redução, para demonstrar o quanto têm intenção de atingir seus objetivos", observou Merkel.
Sarkozy: em defesa da energia nuclear
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, também convocou os países que mais poluem o meio ambiente a reduzirem suas emissões até, no mais tardar, 2050. Ele defendeu ainda o uso da energia nuclear – a principal fonte de energia da França – como possível solução.
"Não é uma questão de decisão entre crescimento e proteção do meio ambiente, mas precisamos de um crescimento limpo. É preciso inventar uma nova economia", completou Sarkozy.