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Armas para pessoas com doença mental nos EUA

16 de fevereiro de 2017

Congressistas americanos derrubam regulação do governo Obama que proibía cerca de 75 mil pessoas com transtornos psicológicos de comprar armas de fogo. Matéria vai para sanção de Trump, que já demonstrou apoio à decisão.

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Acesso a armas para pessoas com problemas mentais foi proibido no governo ObamaFoto: picture-alliance/dpa/D. Karmann

O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira (15/02) a suspensão de uma medida que impedia o acesso de pessoas com problemas mentais à compra de armas de fogo. A regulação tinha sido imposta pelo ex-presidente americano Barack Obama após o massacre de Connecticut, em 2012, que deixou 12 mortos. 

A votação terminou com 57 votos a favor e 43 contra. A Câmara dos Representantes já tinha votado a favor da suspensão no início do ano. Agora, resta apenas a sanção do presidente dos EUA, Donald Trump, que antecipou que vai ratificar a medida.

A norma regulada por Obama afetava cerca de 75 mil pessoas. A Direção de Seguridade Social é obrigada a comunicar ao governo federal os nomes das pessoas beneficiadas que têm histórico de doenças mentais para que fossem proibidas de comprar armas.

A Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês), o principal grupo pró-armas dos EUA, comemorou o resultado da votação no Senado americano.

"A votação de hoje no Senado representa o passo seguinte na marcha à ré do ofensivo excesso do governo que caracterizou a era de Obama", disse em comunicado Chris W. Cox, diretor-executivo da NRA.

O senador democrata Chris Murphy, que representa o estado de Connecticut criticou a liberação de acesso a armas a pessoas com problemas mentais. "Se não pode conduzir seus próprios assuntos financeiros, como podemos esperar que possa ser o proprietário responsável de uma arma de fogo legal e perigosa?", afirmou.

As organizações a favor do controle ao acesso de armas também expressaram indignação. "Não se equivoquem, esta votação se tratava realmente de aumentar o conjunto de possíveis clientes da indústria de armas, às custas daqueles que podem fazer danos a si mesmos ou a outros", disse Dan Gross, presidente da Brady Campaign, que se dedica a prevenir a violência provocada pelas armas.

KG/efe/ap