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Conjuntura européia continuará fraca no início de 2002

Paulo Chagas3 de janeiro de 2002

Mas há indícios de lenta recuperação, segundo presidente do Banco Central Europeu.

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Solbes (centro) conversa com Duisenberg (direita)Foto: AP

O crescimento econômico da zona do euro continuará reduzido, mas tudo indica que o fundo do poço já foi atingido e que a recuperação, embora lenta, começará dentro de alguns meses. Os riscos de inflação são moderados, afirmou o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Wim Duisenberg, após reunião da diretoria da instituição, em Frankfurt, a primeira depois da introdução do euro.

O BCE manteve a taxa básica de juros em 3,25% para os 12 países da zona do euro. A decisão não constituiu nenhuma surpresa, pois o banco havia dito anteriormente que os juros estavam em nível apropriado para reativar a economia. Os analistas consideram, entretanto, que a fraca conjuntura pressionará o BCE a baixar os juros em fevereiro ou, no mais tardar, até março.

Sucesso gigantesco -

A introdução do euro foi um "sucesso gigantesco", nas palavras de Wim Duisenberg. Este foi "um dos passos mais importantes no sentido da integração européia", disse ele. Segundo o presidente do BCE, o início da circulação da moeda única entrará nos livros de história como o começo de uma nova era na Europa.

Também Pedro Solbes, comissário da UE para Questões Monetárias, expressou seu contentamento com a introdução do euro. Foi "melhor do que se esperava", disse ele, garantindo que até meados de janeiro todos os 12 países da zona do euro estarão acostumados com a nova moeda.

O ministro espanhol das Finanças, Rodrigo Rato, cujo governo assumiu no início do ano a presidência da União Européia, disse que os cidadãos da Eurolândia, ao receberem com tanto entusiasmo a nova moeda, estão pedindo aos seus líderes políticos para prosseguirem no caminho da unidade européia.

197.500 caixas automáticos -

De acordo com os cálculos mais recentes, 96% dos 197.500 caixas automáticos existentes nos 12 países da zona do euro já estão operando com a nova moeda. Na Alemanha, Grécia, Áustria, Holanda, Irlanda, Bélgica e Luxemburgo este índice chega a 100%. O país menos preparado é no momento a Itália, onde 85% dos caixas automáticos estão fornecendo euros.