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Protestos na Síria

29 de abril de 2011

Soldados atiraram novamente em manifestantes que protestavam contra Assad na cidade de Deraa. Conselho de Direitos Humanos da ONU aprova investigação contra a Síria por violação de direitos humanos.

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Tropas sírias ocuparam Deraa
Tropas sírias ocuparam DeraaFoto: picture alliance / dpa

Composto por 47 membros, o Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou em sessão extraordinária nesta sexta-feira (29/04) em Genebra uma resolução para investigar possíveis violações dos direitos humanos na Síria.

A União Europeia (UE) e os Estados Unidos exigiram no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas que a Síria seja investigada devido à morte de mais de 450 manifestantes desde o início da onda de protestos contra o governo do presidente Bashar al-Assad.

Principalmente países ocidentais, africanos e latino-americanos votaram à favor da resolução. Defendendo que isso seria uma intromissão em assuntos internos sírios, China, Rússia e Cuba se posicionaram, por outro lado, contra tal decisão do Conselho. Houve ainda sete abstenções.

Sanções europeias

Após a falta de consenso sobre uma condenação do regime Assad no Conselho de Segurança da ONU, nesta quinta-feira, o Conselho dos Direitos Humanos se tornou o primeiro órgão das Nações Unidas a denunciar o governo do presidente Bashar al-Assad.

Devido ao procedimento brutal das forças de segurança sírias contra os manifestantes, também nesta sexta-feira, representantes dos países-membros da União Europeia se reuniram em Bruxelas para definir sanções contra as lideranças sírias.

Apesar da proibição, protestos continuam na Síria
Apesar da proibição, protestos continuam na SíriaFoto: AP

Novos protestos

Apesar da proibição de protestos, milhares de manifestantes sírios voltaram a ocupar as ruas do país, para protestar novamente contra o governo de Bashar al-Assad. Dezenas de milhares de pessoas participaram nesta sexta-feira da maior marcha de protesto contra o presidente sírio na capital Damasco.

Em Damasco, as forças de segurança lançaram bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes, que atenderam um pedido da oposição para que protestassem após a Oração da Sexta-feira em solidariedade à ocupação de Deraa, um dos centros das manifestações, por soldados do regime Assad.

Segundo relato de testemunhas, os soldados abriram fogo contra milhares de manifestantes que protestavam na Deraa ocupada, causando a morte de pelo menos 15 pessoas. Na cidade portuária de Latakia, testemunhas informaram que os soldados do governo também atiraram em manifestantes. Também em Banias, Qamishli e Rakka foram registrados protestos.

CA/afp/rtr/dapd/epd
Revisão: Bettina Riffel