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Coreia do Norte define delegação para diálogo com Seul

7 de janeiro de 2018

Líder do Comitê para a Reunificação Pacífica da Coreia ficará à frente de representantes de Pyongyang em primeira reunião bilateral de alto nível em dois anos. Abe saúda encontro, e Trump cogita diálogo com Kim.

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Kim Jong-un
Reativação das comunicações ocorre após aceno de Kim Jong-un a Seul em sua mensagem de Ano NovoFoto: picture-alliance/AP Photo

A Coreia do Norte nomeou sua delegação para a primeira reunião de alto nível com a Coreia do Sul em mais de dois anos, disse o ministro da Unificação em Seul neste domingo (07/01).

Na última sexta-feira, as duas Coreias concordaram em estabelecer o diálogo oficial na próxima terça-feira em Panmunjo, na zona desmilitarizada na fronteira entre os dois países.

No encontro, deve ser discutida a participação do Norte nos Jogos Olímpicos de Inverno a serem realizados em PyeongChang, na Coreia do Sul, em fevereiro, bem como uma melhora de relações a nível geral.

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A delegação norte-coreana será liderada por Ri San-gwon, que dirige no seu país o Comitê para a Reunificação Pacífica da Coreia. Outros quatro membros integrarão o grupo, incluindo autoridades da pasta de Esportes.

Seul, por sua vez, propôs no sábado enviar uma delegação composta pelo ministro de Unificação, Cho Myoung-gyon, dois vice-ministros de Unificação e dois vice-ministros de Esportes.

A tentativa de reaproximação entre as duas Coreias se dá depois de o líder norte-coreano, Kim Jong-un, ter alertado em seu discurso de Ano Novo que tem um botão nuclear em sua mesa e também ter dito que Pyongyang poderia enviar uma delegação para os Jogos de Inverno. Seul respondeu com a oferta de diálogo, e a linha direta entre os dois países foi restabelecida.

Desde que assumiu o governo em maio passado, o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, adotou uma postura favorável à retomada das relações com Pyongyang e de projetos de cooperação entre os dois países.

Kim disse em seu pronunciamento de Ano Novo desejar sucesso para os Jogos de Inverno, a serem realizados entre 9 e 25 de fevereiro, enquanto Seul e Washington decidiram adiar seus exercícios militares conjuntos anuais, que sempre irritam Pyongyang, para depois do evento esportivo.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, saudou neste domingo a reunião entre as duas Coreias, ressaltando que os Jogos Olímpicos são uma celebração de paz. O presidente dos EUA, Donald Trump, por sua vez, foi um passo adiante e disse estar disposto a travar conversações diretas com Kim sob certas condições.

As duas Coreias são separadas pela fronteira mais militarizada do mundo desde o fim da Guerra da Coreia, em 1953. Nos últimos meses, o Norte realizou uma série de testes com mísseis e seu sexto e mais poderoso teste nuclear, violando resoluções da ONU.

LPF/efe/afp/dpa

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