No filme Songbird, o pior pesadelo se torna realidade com uma nova e fatal mutação do coronavírus e o confinamento vira uma ditadura. O longa foi rodado em 2020 durante o lockdown em Los Angeles mas, de acordo com alguns críticos, é superficial.
Já o documentário In the same breath, que estreou no Festival de Sundance, apresenta uma visão mais aprofundada sobre a pandemia. Mostra como o governo chinês inicialmente tentou minimizar o coronavírus. Algo que, segundo a diretora Nanfu Wang, se repetiu nos Estados Unidos, onde ela vive: "Você vê como a desinformação, a propaganda e o encobrimento por parte do alto escalão do governo basicamente permitiram que o surto saísse do controle, como estamos vivenciando hoje. Pelas conversas que tive com cineastas que fizeram filmes durante a pandemia, percebi que todos fomos movidos pela necessidade. Quase como se fazer filme fosse o único canal criativo onde pudéssemos nos expressar. Uma forma de podermos articular as fortes emoções que sentimos todos os dias, seja tristeza, desamparo, raiva ou a sensação de perda, o desejo de interagir."
O filme Malcolm & Marie mostra o quão complicados podem ser os relacionamentos. Estrelado por Zendaya Coleman e John David Washington, o drama da Netflix foi filmado em um único local – seguindo regras restritas de higiene. "Este filme nasceu da ideia: 'podemos contar uma história mesmo com todas as restrições devido à pandemia? Fazer um filme que não comprometa a emoção, a cinematografia?' Foi um tipo de exercício nesse quesito", conta o diretor Sam Levinson.