Coronavírus: Argentina impõe quarentena em todo território
20 de março de 2020- Infecções pelo coronavírus no mundo passam de 220 mil com 9 mil mortes, e mais de 84 mil recuperados
- Brasil tem 621 casos e sete mortes confirmadas pelas autoridades de saúde – cinco em SP e duas no Rio
- Wuhan não tem novos casos, e 34 novas infecções reportadas pela China são importadas
- Itália supera China em número de mortos e deve prorrogar restrições à vida pública
- Trump quer invocar poderes extraordinários para coordenar produção industrial nos EUA
Transmissão encerrada. As atualizações desta quinta-feira (19/03) estão no horário de Brasília. Siga acompanhabndo as notícias desta sexta.
21:40 - Argentina impõe quarentena em todo território
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou que toda a população do país terá que ficar em quarentena a partir desta sexta-feira até 31 de março, para evitar a propagação do coronavírus. É o primeiro país da América Latina a adotar a medida drástica de confinamento.
"Seremos absolutamente inflexíveis", disse Fernández em entrevista coletiva na residência presidencial de Olivos, em Buenos Aires, após uma reunião com parte dos ministros e dos governadores das províncias. "É hora de entender que estamos cuidando da saúde dos argentinos."
O presidente afirmou que haverá exceções para a quarentena, sendo permitido, por exemplo, sair de casa para fazer compras em supermercados e farmácias, que permanecerão abertos.
"Mas que fique entendido que, a partir da meia-noite, a polícia estará controlando quem está nas ruas, e que aqueles que não conseguirem explicar o que estão fazendo [dentro das exceções] ficarão sujeitos às sanções previstas no código penal", afirmou.
O país de 44 milhões de habitantes tem 128 casos confirmados de covid-19, dos quais três morreram, segundo dados oficiais do governo. Para tentar conter a pandemia, a Argentina já fechou suas fronteiras para estrangeiros por 15 dias e suspendeu voos de países afetados por um mês.
21:00 - Witzel publica decreto para fechar divisas do Rio
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, publicou um decreto que suspende, a partir de sábado e por 15 dias, a chegada de passageiros vindos de estados com circulação confirmada de coronavírus ou situação de emergência decretada. A restrição inclui transporte rodoviário, aviões e cruzeiros. A medida não afeta as operações de carga aérea.
As medidas de isolamento, contudo, precisam ser aprovadas pelas agências reguladores: Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), no caso do transporte rodoviário; Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), no caso do transporte aéreo; e Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), no caso dos navios cruzeiros.
Também ficará suspensa a circulação de passageiros de transportes intermunicipais entre a capital e as demais cidades da região metropolitana, com a exceção dos sistemas ferroviário e aquaviário.
O transporte de passageiros por aplicativo também não poderá ser feito entre a região metropolitana do Rio de Janeiro e a capital, e vice-versa.
O decreto também determina a suspensão do funcionamento de shoppings centers, centros comerciais, academias, centros de ginástica, restaurantes, bares e lanchonetes. Também fica suspensa por 15 dias a possibilidade frequentar praias, lagoas e piscinas públicas.
A decisão estadual impede a realização de eventos e atividades com a presença de público que envolvam a aglomeração de pessoas, ainda que em salões ou casas de festas. A proibição inclui também comícios, passeatas e eventos desportivos, e fecha equipamentos turísticos.
20:30 - Trump cancela encontro do G7 em junho
A Casa Branca anunciou que o presidente americano, Donald Trump, decidiu cancelar a reunião do G7 marcada para junho em Camp David, devido à pandemia do coronavírus. Segundo o porta-voz Judd Deere, os líderes dos sete principais países industrializados – Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e EUA – se reunirão por videoconferência.
19:50 - Trump diz que remédio para malária será testado contra coronavírus
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, gerou confusão sobre a resposta de seu governo à pandemia de coronavírus ao afirmar que um medicamento para o tratamento da doença estará disponível "quase imediatamente" – apenas para ser corrigido pelas autoridades.
Em coletiva de imprensa, Trump disse que os remédios cloroquina e hidroxicloroquina, usados para tratar malária, haviam sido aprovados e seriam disponibilizados mediante receita médica.
"Eles [os cientistas] estão indo muito bem com [o desenvolvimento de] vacinas, mas ainda há um longo processo. As terapias são algo em que podemos avançar muito mais rápido", disse o presidente a jornalistas.
"A cloroquina, ou hidroxicloroquina, é um remédio comum para malária. Também é um remédio usado para artrite grave. Já existe há muito tempo, então sabemos que, se as coisas não saírem como planejado, não matará ninguém… Os resultados iniciais são muito, muito encorajadores, e nós poderemos disponibilizar esse medicamento quase imediatamente."
Contudo, momentos depois o chefe da Administração de Drogas e Alimentos dos Estados Unidos (FDA), Stephen Hahn, alertou que, na verdade, a cloroquina não foi aprovada para uso contra o coronavírus e ainda precisa ser testada quanto à sua eficácia e segurança.
A cloroquina "já foi aprovada, como disse o presidente, para o tratamento da malária e da artrite", destacou Hahn. "Essa é uma droga que o presidente nos instruiu a examinar mais de perto, para ver se uma abordagem de uso expandido poderia realmente beneficiar os pacientes."
A declaração de Trump parece ter promovido uma corrida às farmácias em busca da cloroquina. Nesta quinta-feira, a Sociedade Americana de Farmacêuticos do Sistema de Saúde (ASHP) adicionou o remédio à sua lista de medicamentos em falta. Quatro dos oito fabricantes da droga no país registraram escassez do remédio nas farmácias.
Os casos de coronavírus nos EUA ultrapassaram 10 mil nesta quinta-feira, um número duas vezes superior ao de dois dias atrás. Houve pelo menos 150 mortes até agora.
19:20 - Polícia alemã reporta brigas por papel higiênico em supermercados
Um supermercado em Bremen, no norte da Alemanha, foi palco de uma briga violenta nesta quinta-feira, depois que uma consumidora se recusou a aceitar a decisão da loja de permitir a compra de somente um pacote de papel higiênico por cliente.
Segundo relatou a polícia local, a mulher começou a discutir com uma vendedora sobre a restrição e depois a empurrou. O companheiro dela então socou várias vezes um outro funcionário. A cliente foi banida do supermercado, e o homem está sendo investigado por agressão.
Na quarta-feira, um episódio semelhante foi reportado pela polícia de Mannheim, no oeste do país, também envolvendo um cliente frustrado por querer comprar mais pacotes de papel higiênico do que o supermercado permitia.
Autoridades também vêm reportando furtos de produtos sanitários. Em Bremen, 60 frascos de desinfetante foram roubados de um hospital infantil. Em Nuremberg, mais de 600 rolos de papel higiênico e 20 litros de sabonete líquido foram furtados de uma escola.
18:50 - Governo pagará auxílio a trabalhador com salário e jornada reduzida
O Ministério da Economia anunciou que os trabalhadores que ganham até dois salários mínimos e tiverem redução de salário e de jornada devido à pandemia de coronavírus receberão a antecipação de parte do seguro-desemprego.
A complementação será equivalente a 25% do que o trabalhador teria direito mensalmente caso requeresse o seguro-desemprego. Segundo a pasta, a medida custará 10 bilhões de reais, que virão do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e beneficiará mais de 11 milhões de pessoas.
Por se tratar de uma antecipação do seguro-desemprego, o trabalhador receberá os restantes 75% do benefício quando for demitido.
O governo também anunciou que pretende arcar com os 15 primeiros dias de afastamento caso o empregado contraia a doença covid-19. Atualmente, esse período de afastamento é pago pela empresa.
As mudanças serão enviadas ao Congresso Nacional por meio de projeto de lei.
18:20 - Festival de Cinema de Cannes é adiado
A 73ª edição do Festival de Cinema de Cannes não ocorrerá na data planejada, entre 12 e 23 de maio, devido à pandemia de coronavírus. Os organizadores do prestigiado evento na Riviera Francesa consideram transferi-lo para o meio do ano.
"Estão sendo estudadas diferentes hipóteses para manter [a edição deste ano]. A principal seria um simples adiamento para o fim de junho ou princípio de julho", disse a organização em nota.
Segundo o texto, uma decisão definitiva será tomada após discussão com o governo da França, a prefeitura de Cannes e profissionais do cinema.
Outros festivais de cinema importantes, como o South by Southwest e o Festival de Cinema de Tribeca, ambos nos Estados Unidos, já foram cancelados devido à pandemia.
17:50 - Cidade no sudoeste da Alemanha anuncia quarentena
A cidade de Freiburg, no sudoeste da Alemanha, anunciou que vai impor quarentena à população. Segundo a prefeitura, a medida deve vigorar entre 21 de março e 3 de abril e inclui a proibição de circulação em espaços públicos.
Pessoas só poderão deixar suas casas para ir ao trabalho, fazer compras essenciais, buscar tratamento médico ou outros motivos urgentes. Quem precisar sair às ruas só poderá fazê-lo sozinho, em dupla ou com pessoas que moram em sua própria casa. Uma distância mínima de 1,5 metro deverá ser mantida dos demais.
"Estamos cientes de que esta decisão drástica terá restrições significativas à vida de Freiburg", afirmou o prefeito Martin Horn. "Mas, de acordo com a situação atual, proteger a população deve ter prioridade sobre todas as outras considerações."
A Secretaria de Saúde de Baden-Württemberg, estado onde Freiburg está localizada, anunciou 564 novos casos confirmados de covid-19 nesta quinta-feira. Com isso, já são 2.748 infecções no estado.
17:30 - Ministério da Saúde confirma 621 casos no Brasil
O número de casos confirmados de infecção pelo coronavírus subiu de 428 para 621 no Brasil, anunciou o Ministério da Saúde em coletiva de imprensa. O salto é de 45% em 24 horas. A pasta confirmou ainda seis mortes, embora secretarias estaduais já registrem sete óbitos.
Segundo o ministério, o país tem transmissão sustentada (quando pessoas contraem o vírus sem ter viajado a zonas de risco ou ter vínculo com outro caso confirmado) da doença covid-19 em ao menos sete estados.
São Paulo é o estado mais afetado, com 286 infecções. Em seguida vêm Rio de Janeiro (65), Distrito Federal (42), Bahia (30), Minas Gerais (29), Pernambuco (28) e Rio Grande do Sul (28).
17:00 - São Paulo confirma mais uma morte
A Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo confirmou a quinta morte no estado, elevando a sete o total de óbitos no país, incluindo dois no Rio de Janeiro. A vítima era um homem de 77 anos.
As cinco mortes confirmadas em São Paulo ocorreram na rede Prevent Senior, uma operadora de saúde para idosos. Todos eram homens com mais de 60 anos, com comorbidades associadas e moradores da capital paulista.
A secretaria também informou que os casos confirmados de infecção no estado, o mais afetado do país, subiram de 240 para 286.
Mais cedo nesta quinta-feira, o Rio de Janeiro havia confirmado duas mortes por coronavírus: um homem de 69 anos e uma mulher de 63.
16:20 - França tem mais de 100 mortos em 24 horas
A pandemia de coronavírus matou 108 pessoas na França nas últimas 24 horas, elevando o número total de óbitos para 372 no país, segundo autoridades de saúde francesas. Na véspera, 89 novas mortes haviam sido registradas.
"O número de infecções está dobrando a cada quatro dias", alertou o diretor-geral de Saúde francês, Jérôme Salomon, afirmando que o vírus se espalha "rápida e intensamente" no país. A França soma quase 11 mil casos de infecção, segundo números oficiais.
Desde terça-feira, o país europeu está em quarentena, sendo permitidas apenas saídas essenciais para fora de casa. "Se todos reduzirem seus contatos, teremos muito menos pessoas infectadas. É matemático assim", disse Salomon. "É preciso ficar em casa para evitar outras mortes e outros casos graves", apelou.
15:30 - Reino Unido pode reverter curso da pandemia em 12 semanas, diz Johnson
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse estar confiante de que o país poderá retardar a disseminação do novo coronavírus nos próximos três meses por meio de medidas duras de distanciamento social.
No início desta semana, o governo pediu que mais pessoas trabalhem de casa e evitem usar o transporte público e ir a bares, clubes e restaurantes. O número de mortos no país aumentou para 144, entre mais de 2.700 infectados, e Londres reagiu com planos de emergência para lidar com o surto, incluindo exames forçados para casos suspeitos.
Johnson, contudo, disse estar "absolutamente confiante" de que a situação pode melhorar, mas isso depende de uma "ação resoluta, coletiva e determinada", além de mais testes. "Acho que, observando tudo isso, podemos inverter o curso [da pandemia] dentro de 12 semanas, mas apenas se todos nós adotarmos as medidas que delineamos. É vital. É assim que reduziremos o pico", afirmou.
15:10 - Elizabeth 2ª pede união do povo britânico contra o vírus
A rainha Elizabeth 2ª pediu ao povo do Reino Unido para se unir na luta contra a pandemia e trabalhar "como um só". Em mensagem à nação, ela reconheceu que "muitas pessoas e famílias em todo o Reino Unido e no mundo estão entrando num período de grande preocupação e incerteza".
"Estamos sendo aconselhados a mudar nossas rotinas e padrões de vida regulares pelo bem comum das comunidades em que vivemos e, em particular, para proteger os mais vulneráveis dentro delas", disse a monarca.
"Em tempos como este, lembro que a história de nossa nação foi estabelecida por pessoas e comunidades que se uniram e trabalharam como uma só, concentrando nossos esforços conjuntos com foco num objetivo comum", acrescentou.
Elizabeth ainda agradeceu a médicos, cientistas e equipes de emergência e disse que "todos temos um papel de vital importância a desempenhar'' na superação da pandemia.
A monarca de 93 anos e seu marido, príncipe Philip, de 98, se mudaram para o Castelo de Windsor nesta quinta-feira. Eles já costumam passar o feriado de Páscoa ali, mas anteciparam a ida em uma semana, com um quadro de funcionários reduzido, por conta da pandemia.
14:40 - Itália supera China em número de mortos
O número de mortos na Itália em decorrência do coronavírus superou o da China. O país europeu registrou 427 novos óbitos nas últimas 24 horas, elevando o número total de vítimas a 3.405 desde o início do surto, no fim de fevereiro. Já a China registrou 3.245 mortes desde janeiro.
A Itália, contudo, tem apenas pouco mais da metade do número de casos confirmados de infecção: são 41.035 até o momento, ante os 80.907 registrados no país asiático.
Autoridades e especialistas acreditam que o número total de infecções em território italiano seja muito maior, com exames de diagnóstico muito limitados àqueles que procuram atendimento médico nos hospitais. A grande população idosa do país, particularmente vulnerável ao vírus, também é vista como um fator para o alto número de mortos.
13:42 - "Não há risco imediato de falta de alimentos", garante indústria brasileira
Apesar de muitas pessoas estarem estocando alimentos no Brasil temendo um desabastecimento diante da pandemia do novo coronavírus, a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) garante que não há motivo para uma corrida aos supermercados. "A logística de abastecimento segue dentro da normalidade, assim como os estoques, e não há nenhum risco imediato de falta de alimentos no país", diz a entidade em nota.
A associação criou um comitê de crise em parceria com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e a Associação Paulista de Supermercados (Apas) para acompanhar diariamente a situação do abastecimento de alimentos no país.
O monitoramento está sendo feito diariamente por videoconferência entre representantes das entidades, para atualizações sobre a situação nos pontos de vendas, com o objetivo de minimizar os impactos e identificar de forma rápida possíveis problemas.
De acordo com a Abras, os supermercados estão preparados, inclusive, para aumentar o abastecimento, caso seja necessário, como já ocorre em datas sazonais.
13:23 - Rio confirma segunda morte por coronavírus
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro confirmou nesta quinta-feira (19/03) duas mortes por coronavírus: um homem de 69 anos e uma mulher de 63.
A morte da mulher, uma empregada doméstica que morava no município de Miguel Pereira, já havia sido confirmada mais cedo pela pasta. Ela também sofria de hipertensão e diabetes, e havia entrado em contato com sua empregadora, que voltou recentemente de uma viagem da Itália e cujo exame apontou a infecção pelo coronavírus.
Já o caso do homem, que morava em Niterói, só havia sido confirmado pela prefeitura local. A secretaria estadual ainda aguardava o resultado de uma contraprova para confirmar a causa da morte.
13:56 - Brasil fecha fronteiras e proíbe entrada de estrangeiros de países vizinhos
O governo publicou nesta quinta-feira (19/03) uma portaria que determina o fechamento das fronteiras do Brasil com sete países e mais um território da América do Sul para conter o novo coronavírus.
A medida afeta a circulação por terra de cidadãos da Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana, Paraguai, Peru e Suriname, além dos habitantes do território da Guiana Francesa.
A determinação vale para estrangeiros desses países que queiram entrar no Brasil. Cidadãos brasileiros que estejam nos países vizinhos e queiram voltar não serão afetados. A medida também não afeta estrangeiros que têm residência permanente no Brasil.
O texto foi publicado em edição extra do Diário Oficial e prevê uma validade de 15 dias.
O texto afirma que o Uruguai, que também faz fronteira com o Brasil, será alvo de uma portaria específica. O Brasil já havia fechado a fronteira com a Venezuela na quarta-feira.
O governo Bolsonaro vinha sendo criticado pela lentidão em determinar o fechamento de fronteiras. Na terça-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, cobrou o governo nesse sentido. Na quarta-feira, Bolsonaro afirmou que “fechar fronteira não é uma mágica”.
A portaria não menciona aeroportos. Por enquanto, voos vindo do exterior seguem sem restrição.
12:11 - Ministro da Saúde alemão diz que levará "meses" para que a situação volte ao normal
O ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, disse que não espera um retorno à vida normal tão cedo. "É mais provável que leve vários meses do que várias semanas", disse o ministro.
Segundo Spahn, mesmo quando as restrições forem eventualmente levantadas, certos grupos ainda vao precisar de medidas extras de proteção, acrescentou.
O ministro ainda acrescentou que dentro de 10 a 14 dias ficará claro que efeitos as recentes restrições, como o fechamento de escolas e de parte do comércio, tiveram na contenção do novo coronavírus. O governo planeja reavaliar a situação após a Páscoa, finalizou Spahn.
12:05 - Exame de príncipe de Mônaco testa positivo
O príncipe Albert 2° de Mônaco, de 62 anos, está com o novo coronavírus. A informação foi confirmada pelo governo do pequeno principado da costa mediterrânea. De acordo com o governo local, o príncipe está em isolamento em seu apartamento e seu estado de saúde não está sendo encarado com preocupação.
A informação foi divulgada três dias depois de um exame confirmar que o chefe de governo do principado, Serge Telle, também está com a covid-19.
11:20 - Rio confirma primeira morte por coronavírus
A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro e a prefeitura de Miguel Pereira confirmaram na manhã desta quinta-feira (19/03) a primeira morte oficial por coronavírus no estado.
A vítima é uma mulher de 63 anos, que também era diabética e hipertensa. Ela trabalhava como empregada doméstica. Segundo a pasta, sua empregadora havia voltado recentemente da Itália com a doença. De acordo com secretaria, ele apresentou sintomas no último domingo e foi internada na segunda-feira.
Mais cedo, a prefeitura de Niterói informou que o exame de um homem de 69 anos, que morreu na terça-feira na cidade, apontou a presença do novo coronavírus. No entanto, a secretaria do estado ainda aguarda uma contraprova.
O Rio de Janeiro agora tem 64 casos confirmados, sendo 55 na capital.
11:15 - Alcolumbre é internado após exame apontar infecção por coronavírus
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) passou a madrugada desta quinta-feira (19) internado no Hospital Sírio-Libanês em Brasília. A internação ocorreu poucas horas depois de o senador ser diagnosticado com a covid-19.
Segundo a assessoria da presidência do Senado, Alcolumbre realizou uma tomografia para acompanhar a evolução da doença. Ele foi liberado nesta manhã e voltou para o isolamento em casa.
11:08 - OMS recua e retira recomendação para não usar ibuprofeno
Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou atrás nesta quinta-feira (19/03) em sua recomendação de não usar medicamentos à base de ibuprofeno para o tratamento de pacientes com covid-19, a doença causada pelo coronavírus Sars-Cov-2.
Em nota divulgada em redes sociais como Twitter e Facebook, a agência de saúde das Nações Unidas escreveu que, "com base em informações disponíveis atualmente, a OMS não recomenda contra o uso de ibuprofeno. A OMS tem consciência das preocupações relativas ao uso do ibuprofeno para o tratamento de febre em pessoas com covid-19. Estamos consultando os médicos que tratam os pacientes e não temos ciência de relatos de quaisquer efeitos negativos, além dos comuns que limitam o uso (do medicamento) em certos grupos", diz o comunicado.
10:50 - Espanha registra aumento de mortes e novas infecções
O número de casos da covid-19 na Espanha saltou para 17.147. Foram registrados 3.500 novos casos nas últimas 24 horas.
Mais 169 mortes foram registradas no país, elevando o total para 767, segundo dados do Ministério da Saúde.
Madri continua sendo o epicentro da pandemia da Espanha, com 6.777 casos de coronavírus e 498 mortes registradas. A Catalunha é a segunda área mais atingida, com 2.702 infecções e 55 mortes.
O chefe do Estado Maior da Defesa do país, general Miguel Angel Villarroya, pediu ao público "disciplina e espírito de sacrifício" para enfrentar a situação.
08:30 - Primeiro exame de idoso morto no RJ dá positivo para coronavírus
O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, disse que um primeiro exame de coronavírus realizado num idoso de 69 anos que morreu na terça-feira (17) na cidade da região metropolitana do Rio acusou a presença do patógeno. Um exame de contraprova deve confirmar a covid-19, doença causada pelo coronavírus.
Esta seria a primeira morte no estado. Há quatro mortes confirmadas no Brasil até o momento, todas em São Paulo, estado que concentra a maior parte das infecções,
O homem morreu num hospital particular de Niterói, por choque séptico e pneumonia. O hospital divulgou que o enteado do paciente voltou de Nova York (EUA) com teste positivo e que os sintomas da doença foram detectados no dia 11 de março.
"O paciente, além da idade, possuía comorbidades que o colocaram no grupo de risco", disse o Hospital Icaraí. De acordo com a Fundação Municipal de Saúde, foram confirmados seis casos de infecção pelo coronavírus em residentes de Niterói. Todos os pacientes realizaram viagem ao exterior, estão isolados em casa e sendo monitorados.
A prefeitura de Niterói também anunciou que o acesso às praias da Região Oceânica e de Niterói começou a ser bloqueado nesta quinta-feira. A medida vale até o dia 6 de abril e se estende também às praças públicas da cidade.
08:00 - Itália deve estender quarentena
O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, afirmou que o país deve estender a quarentena imposta a todos os seus cidadãos para além de 3 de abril, data prevista até o momento. É inevitável que medidas como a proibição de reuniões e o fechamento de escolas tenham que ser mantidas por mais tempo, disse Conte em entrevista publicada pelo jornal Corriere della Sera nesta quinta.
"Evitamos o colapso do sistema, as medidas restritivas estão funcionando, e é óbvio que quando atingirmos um pico e o contágio começar a diminuir, pelo menos em porcentagem, espera-se que em poucos dias, não seremos capazes de voltar imediatamente à vida de antes. De momento não é razoável dizer mais, mas é claro que as medidas que tomamos, tanto a que fechou grande parte das atividades empresariais e individuais no país, como a que diz respeito à escola, terão de ser prorrogadas", disse o premiê.
Conte também afirmou que o governo italiano está trabalhando em mais um pacote de ajuda econômica no valor de bilhões de euros, o qual deve ser apresentado nas próximas duas semanas.
07:20 - França multa milhares por violarem regras
A França intensificou seus esforços para combater o coronavírus. Quem descumprir as restrições impostas à vida pública está sujeito a penalizações. O ministro do Interior francês, Christophe Castaner, afirmou que 70 mil controles já foram realizados e que mais de 4 mil multas foram aplicadas desde segunda-feira.
O ministro do também afirmou numa entrevista de rádio, que o período de quarentena no país, inicialmente de 14 dias, pode vir a ser prorrogado.
05:55 - Institutos preveem dificuldades para economia da Alemanha
Dois institutos de pesquisa alemães preveem um período difícil para a economia do país. Um índice do instituto IFO, que monitora a confiança de empresas na Alemanha, caiu para o pior nível desde 2009, segundo dados preliminares. O indicador declinou de 96 em fevereiro para 87,7 em março. "A economia alemã está se precipitando para uma recessão", disse o presidente do órgão, Clemens Fuest.
Já o Instituto Alemão de Pesquisas Econômicas (DIW) prevê que o coronavírus deverá ter impacto maciço na economia alemã nos dois próximos trimestres. A maior economia da União Europeia deverá ter queda de 0,1% em 2020, disse o instituto.
05:17 - Trump diz que vai invocar poderes extraordinários contra coronavírus
Dizendo que era "um presidente em tempos de guerra", o presidente americano Donald Trump disse que vai invocar o Ato de Defesa de Produção de 1950 para coordenar a produção industrial e superar gargalos de máscaras faciais, aparelhos respiratórios e outros materiais médicos, num momento em que hospitais no país se preparam para um aumento exponencial de casos. A lei dá ao presidente autoridade extraordinário para expandir a produção e produzir materiais vitais.
05:11 - Rússia e México registram primeiras mortes por coronavírus
Uma mulher de 79 anos morreu em decorrência de infecção por coronavírus, segundo as autoridades de saúde. A paciente teria tido vários problemas de saúde prévios, incluindo problemas cardíacos.
O México também relatou a primeira morte devido ao coronavírus no país. As autoridades também cancelaram as visitas de primavera às Pirâmides do Sol e da Lua em Teotihuacan.
04:45 - Milhares de alemães repatriados
Nesta quarta-feira, mais de 10 mil cidadãos alemães retornaram ao país a partir do Egito, da Tunísia e do Marrocos, confirmou o ministro do Exterior Heiko Maas. Outros 20 mil turistas que se encontram no Egito devem retornar para a Alemanha em aviões fretados nos próximos dias.
01: 00 - Pela primeira vez desde início do surto, Wuhan não tem novos casos
Autoridades de Wuhan, onde o coronavírus Sars-Cov-2 foi detectado pela primeira vez, em dezembro, anunciaram nesta quinta-feira que a cidade chinesa não registrou novas infecções pela primeira vez desde o início do surto.
Em Wuhan, a partir de onde o novo vírus se espalhou e se transformou numa pandemia, milhares de pessoas chegaram a ser hospitalizadas e muitas morreram em instituições de saúde construídas em tempo recorde.
Apesar de computar 34 novos casos na quinta, autoridades chinesas afirmaram que estes são todos importados do exterior. "Hoje vimos o crepúsculo [da crise] após tantos dias de duros esforços", afirmou Jiao Yahui, inspetor-chefe da Comissão Nacional de Saúde.
00:30 - São Paulo anuncia fechamento do comércio
Para conter o avanço do coronavírus, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, assinou um decreto nesta quarta-feira que determina o fechamento do comércio na cidade de sexta-feira até 5 de abril. Lojas poderão seguir com o atendimento e vendas via telefone e online. Terão permissão para funcionar: supermercados; padarias; restaurantes e lanchonetes; feiras livres; postos de gasolina; lojas de conveniência; e lojas de produtos para animais.
00:00 - Resumo dos principais acontecimentos desta quarta-feira
- Infecções pelo coronavírus chegam a mais de 200 mil no mundo
- Com 475 novos óbitos, Itália registra recorde diário no mundo
- Brasil tem 428 casos e quatro mortes confirmadas pelas autoridades de saúde
- Dois ministros de Bolsonaro têm covid-19
- Câmara dos Deputados aprova decreto de calamidade pública no Brasil
- Alemanha barra viajantes, e cidade bávara impõe quarentena
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