Cresce número de refugiados norte-coreanos na Coreia do Sul
3 de janeiro de 2017O número de norte-coreanos que pediram refúgio na Coreia do Sul aumentou 10,9% em 2016 em comparação com o ano anterior, segundo dados divulgados nesta terça-feira (03/01) pelo Ministério da Unificação sul-coreano.
O órgão informou que a pressão internacional sobre o regime do ditador Kim Jong-un, na forma de sanções econômicas contra os testes nucleares e balísticos efetuados pelo país, impulsionou mais de 1.400 diplomatas e trabalhadores norte-coreanos no exterior a desertar.
Um dos casos que ganhou mais destaque foi o pedido de asilo do diplomata Thae Yong-ho, alto funcionário da embaixada norte-coreana no Reino Unido, que se refugiou na Coreia do Sul com a mulher e dois filhos. Em abril, 13 funcionários de um restaurante do governo norte-coreano na China também pediram asilo no país.
Essa é a primeira vez que o número de refugiados norte-coreanos aumenta desde que Kim Jong-un assumiu o poder em Pyongyang, em 2011. Um recorde de 2.914 refugiados foi registrado em 2009, mas o número caiu devido a um reforço de controle na fronteira da Coreia do Norte com a China, que era a principal rota de fuga. Mais de 30 mil norte-coreanos vivem como refugiados na Coreia do Sul.
Tensões
Em mensagem de Ano Novo no último domingo, Kim Jong-un disse que os testes com mísseis de alcance intercontinental estão em "fase final" de desenvolvimento, numa clara ameaça contra os Estados Unidos.
O ditador também afirmou que o país vai aumentar suas capacidades militares caso o Pentágono não dê fim aos exercícios militares realizados anualmente com tropas da Coreia do Sul.
Nesta terça, o Departamento de Defesa americano informou que tem certeza de que pode se defender de um eventual ataque da Coreia da Norte. "Continuamos confiantes na nossa defesa de mísseis balísticos, na defesa dos nossos aliados e na defesa do nosso país", declarou o porta-voz do Pentágono, Peter Cook.
Em 2016, a Coreia do Norte realizou dois testes nucleares e vários lançamentos de mísseis, que culminaram com fortes sanções da ONU. "Avisamos novamente aos norte-coreanos a abster-se de ações provocativas", afirmou Cook.
KG/efe/afp