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Cuba inicia libertação de presos políticos

6 de janeiro de 2015

Havana começa a cumprir acordo com Washington e liberta primeiras pessoas numa lista de 53 nomes elaborada pelos Estados Unidos, em novo sinal de aproximação.

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Foto: picture alliance/Robert Harding World Imagery

Cuba libertou algumas das 53 pessoas que os Estados Unidos classificam como prisioneiros políticos, confirmou o Departamento de Estado americano, nesta terça-feira (06/01). A liberação faz parte do acordo selado entre Washington e Havana, em 17 de dezembro de 2014, no âmbito das negociações de reaproximação diplomática entre os dois países.

Washington quer agora que o restante dos prisioneiros seja libertado o mais rápido possível. "Já soltaram alguns. Nós gostaríamos de ver esse processo encerrado num futuro próximo", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Jennifer Psaki, sem divulgar o número exato de prisioneiros soltos nesta primeira etapa.

Ela ressaltou, porém, que a libertação de todos os 53 prisioneiros não é uma pré-condição para manter as conversações sobre migração e sobre a normalização das relações entre Estados Unidos e Cuba, agendadas para o fim de janeiro.

A porta-voz disse que a data das negociações conduzidas pela secretária-adjunta de Estado, Roberta Jacobson, ainda não foi definida. "Esperamos definir isso nos próximos dias", disse.

Nesta segunda-feira, a porta-voz afirmara que os EUA não divulgarão a lista com os presos políticos que Havana se comprometeu a libertar e nem onde eles estão detidos.

A prometida liberação dos 53 prisioneiros é parte do anúncio feito pelo presidente dos EUA, Barack Obama, sobre o plano para normalizar as relações diplomáticas entre os dois países depois de cinco décadas de hostilidades com a ilha caribenha. Em contrapartida, três agentes cubanos que permaneciam detidos nos EUA desde 1998 também foram libertados.

PV/rtr/lusa