Dados e fatos: a produção européia de açúcar
25 de novembro de 2005– A regulamentação do mercado do açúcar que vigora atualmente na União Européia (UE) é de 1968.
– Os países integrantes da UE produzem 20 milhões de toneladas de açúcar por ano (exceto Chipre, Malta, Estônia e Luxemburgo). A Alemanha, França e Polônia são os maiores produtores. Somente franceses e alemães somam juntos mais de 40% do que é produzido no bloco. Em território alemão, são 3,5 milhões de toneladas anuais.
– Apesar dos 20 milhões de toneladas produzidas, os europeus consomem apenas 16 milhões.
– A cultura do açúcar mobiliza cerca de 320 mil agricultores no bloco. Em 1992, a redução de pessoas ligadas ao setor chegou a 59 mil. No ano passado, foram 32 mil. Na Alemanha, houve uma redução de 9500 trabalhadores rurais na produção do produto em 92 e de 6800, em 94.
– O mercado açucareiro é dominado por poucas empresas. Um exemplo é a Südzucker, de Mannheim, que detém 20% do mercado europeu. Outras grandes no setor são a British Sugar e a dinamarquesa Danisco.
– A OMC declarou ilegal o sistema de subvenção do açúcar.
– O objetivo da reforma é a redução da produção e do preço garantido ao produtor. De 2006 até 2010 o valor deverá cair em 36%, o que representará uma redução de 400 euros por tonelada.
– Hoje, os europeus pagam pelo produto um preço três vezes superior aos vigentes no mercado internacional (631 euros por tonelada). Mesmo com a reforma, o açúcar custará o dobro do que é negociado no exterior. No Brasil, os custos são de 160 euros por tonelada.
– Para a matéria-prima (beterraba de açúcar), a redução no preço mínimo garantido é de 39% (passando para 26 euros a tonelada).
– Os custos do bloco para o subsídio do açúcar permanecerão provavelmente em 1,54 milhão de euros.
– A produção total na UE deverá, a curto ou médio prazo, ser reduzida a 8 milhões de toneladas/ano.
– Após decisão da OMC, o bloco poderá exportar no futuro 1,275 milhão de toneladas de açúcar.