Descubra a Europa de bicicleta
A Rede Europeia de Ciclovias, EuroVelo, é um projeto da Federação Europeia de Ciclistas que prevê 17 rotas ciclísticas de longa distância até 2020, perfazendo 70 mil quilômetros. Conheça as dez mais belas.
Rota da Costa Atlântica
A Euro Velo 1 (EV 1) é uma das 15 rotas cicloturísticas europeias, com 8.186 quilômetros de extensão. Ela vai do Cabo Norte, na Noruega, o ponto mais ao norte da Europa, até o ponto mais meridional, Sagres, em Portugal, passando por Reino Unido, Irlanda, França e Espanha. A rota é marcada por lindos fiordes, praias ensolaradas e cidades portuárias movimentadas.
Rota do Atlântico ao Mar Negro
A EV 6 tem um trajeto de 3.653 quilômetros. Ela acompanha seis rios, cruzando a Europa de oeste a leste, ao longo de 10 países, começando em Nantes, na França, onde o rio Loire flui para o Atlântico. Ela segue pelo Danúbio até a Romênia, junto ao Mar Negro. Ao longo do caminho, ficam os maravilhosos castelos do vale do Loire, na região declarada patrimônio mundial pela Unesco em 2000.
Rota dos Peregrinos
A Rota dos Peregrinos (EuroVelo 3) é sinalizada com placas com a concha de Santiago, que marca o caminho dos peregrinos há séculos. Também conhecida como EV 3, ela tem 5.122 km e começa em Trondheim, na Noruega, indo até a capital galega, Santiago de Compostela, um dos destinos mais importantes para os peregrinos cristãos.
Rota das Capitais
A Rota das Capitais (EuroVelo 2 ), de 5.500 quilômetros, passa por sete países e suas capitais – da Irlanda até a Rússia. Atravessando a Polônia, Belarus e Rússia, revela muitos pontos turísticos pitorescos e naturais. Ao começar, em Galway, o ciclista segue para Bristol, até Londres. Lembre-se de manter a esquerda neste trecho, que oferece um impressionante cenário verde relaxante.
Via Romea Francigena
Há mais de mil anos , Sigerico, arcebispo de Canterbury, viajou a Roma para receber do papa a sua vestimenta, o pálio. A Via Romea Francigena (EuroVelo 5), de Londres a Brindisi, tem 3.900 km. Da Inglaterra, ela atravessa cinco países e termina na Itália. A rota é tão impressionante quanto extenuante, particularmente ao cruzar os Alpes perto de Basileia, na Suíça, no passo de São Gotardo.
Rota do Reno
A partir da nascente do Reno nos Alpes, a EuroVelo 15 segue por 1.230 quilômetros pela via fluvial mais importante da Europa, até ele desaguar na cidade holandesa de Roterdã. A EV 15 atravessa regiões vinícolas, áreas de imponentes burgos e românticos castelos, a famosa Loreley, calmos campos e prados, e também o vale da região industrial do Ruhr, terminando no Mar do Norte.
Circuito do Mar Báltico
O Circuito do Mar Báltico (EV9) segue 7.980 quilômetros ao longo da costa do Báltico. Ela começa e termina na cidade russa de São Petersburgo. Ao longo do caminho, o ciclista conhece as poderosas cidades da Liga Hanseática na Idade Média. A rota também inclui as cidades alemãs Wismar e Stralsund (foto), que são Patrimônio Mundial pela Unesco.
Circuito do Mar do Norte
Este circuito (EV 12) engloba sete países. De Bergen, na Noruega, passando pelas costas de Suécia, Dinamarca, Alemanha, Holanda, Bélgica e Reino Unido, até Harwich. Há trechos que precisam ser feitos de balsa. O caminho segue rios e falésias costeiras, atravessa planícies solitárias e pastagens. Mesmo junto a rodovias, é raro haver muito tráfego, tornando a rota um sonho para cada cicloturista.
Rota do Mediterrâneo
O mar cor de esmeralda e o agradável clima do Mediterrâneo acompanham o ciclista na EuroVelo 8. O percurso de 5.888 km vai de Càdiz, na Espanha, até o Chipre, passando por 11 países. No trajeto, praias de banho isoladas se alternam com grandes cidades, como Barcelona, Mônaco ou Veneza (foto). Pequenas joias turísticas pouco conhecidas podem ser encontradas nas costas de Montenegro e da Albânia.
Rota da Cortina de Ferro
A rota mais longa é a EV 13, com 10.400 km, por 20 países, 14 patrimônios mundiais reconhecidos pela Unesco e passando por três mares, desde o de Barents até o Mar Negro. A Cortina de Ferro, de 7 mil km de extensão, dividiu a Europa em Ocidental e Oriental durante a Guerra Fria. Guaritas abandonadas, antigos postos de fronteira, bem como memoriais, testemunham a divisão e reunificação da Europa.