Desfile militar de Trump é adiado para 2019
17 de agosto de 2018Um desfile militar pedido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e que deveria acontecer em Washington no próximo mês de novembro foi adiado para 2019, anunciou nesta quinta-feira (16/08) o Pentágono, depois de a imprensa noticiar que os custos poderiam ser até três vezes superiores à estimativa inicial, entre 10 milhões e 30 milhões de dólares.
Inspirada na grandioso desfile no feriado nacional francês, que Trump vivenciou a convite do presidente francês, Emmanuel Macron, em 2017, a parada militar do dia 10 de novembro comemoraria o centenário do fim da Primeira Guerra Mundial e aconteceria na véspera do Dia dos Veteranos.
A Casa Branca anunciara em fevereiro que Trump desejava um desfile para mostrar a força dos militares americanos. A parada incluiria desfiles de militares e soldados em fardas históricas para representar o passado da nação. Não teria tanques, que poderiam destruir as ruas da capital, mas contaria com sobrevoos de aviões militares atuais e históricos.
A ideia foi muito criticada por ser cara e se parecer com desfiles de regimes autoritários. Após o seu encontro com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, em junho, Trump cancelou manobras militares conjuntas entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul para economizar 14 milhões de dólares, uma pequena parte do custo do desfile.
Críticos afirmaram que o governo não deveria gastar dinheiro com ostentações enquanto o Pentágono enfrenta dificuldades para pagar todos os seus custos.
Outras críticas vieram de associações de veteranos, que afirmaram que o governo deveria festejar depois de vencer a guerra contra o terrorismo e trazer de volta todos os soldados americanos que estão no exterior e que o dinheiro seria melhor gasto em assistência aos veteranos e suas famílias.
A ideia era que o desfile percorresse a Avenida Pensilvânia, indo da Casa Branca até o Congresso. Nos Estados Unidos, desfiles militares costumam acontecer apenas após uma vitória num conflito bélico. A última parada ocorreu em 1991, depois do fim da Guerra do Golfo.
LGF/afp/ap/rtr/dpa/efe
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