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Destruição de embaixadas por causa das charges de Maomé

5 de fevereiro de 2006

Continua onda de protestos violentos no mundo árabe contra países europeus que publicaram caricaturas do profeta Maomé.

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Fogo e destruição na embaixada da Dinamarca na SíriaFoto: AP

Diversas representações européias foram atacadas em vários países, em protesto às caricaturas de Maomé publicadas pela imprensa. Neste domingo (5/02), 10 mil manifestantes incendiaram o consulado dinamarquês no Líbano. Palestinos revoltados destruíram a representação da Alemanha na Faixa de Gaza no sábado.

Na Síria, milhares de manifestantes incendiaram as embaixadas da Dinamarca e da Noruega. Já o Irã anunciou que vai rever suas relações econômicas com as nações onde as caricaturas foram publicadas. A violência foi criticada por representantes políticos e religiosos na Europa.

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, considera o emprego de violência "inaceitável". O encarregado de Política Exterior e Segurança da União Européia, Javier Solana, está em contato com "personalidades de liderança" nos países árabes e islâmicos para, segundo disse, "pedir moderação e acalmar a situação".

O governo alemão não vê motivos para se desculpar por causa da publicação das caricaturas de Maomé em jornais do país. "A liberdade de imprensa e de opinião é um bem constitutivo da democracia alemã", salientou o porta-voz do governo Thomas Steg.

Também as duas grandes Igrejas alemãs pronunciaram-se sobre o caso: o presidente da Conferência dos Bispos Alemães, Karl Lehmann, destacou que o respeito à religião do próximo é um dos princípios da convivência.

Já o presidente da Igreja Evangélica da Alemanha (EKD), o bispo Wolfgang Huber, conclamou à moderação. "Tenho grande respeito às pessoas que têm os sentimentos religiosos feridos, mas os muçulmanos não podem se deixar fazer parte de uma campanha." Ao mesmo tempo, Huber pediu aos chargistas mais "respeito ao tratarem do sensível tema da religião".