Dilma enfrenta primeira greve geral
11 de julho de 2013Oito centrais sindicais convocaram para esta quinta-feira (11/07) a primeira greve geral desde o início dos governos do PT, em 2003, comandado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e agora pela presidente Dilma Rousseff.
Batizada pelos sindicatos de "Dia Nacional de Lutas", a greve geral busca pressionar todas as esferas do governo – federal, estadual e municipal – para que atendam às reivindicações dos trabalhadores, reunidas numa pauta única. Além da paralisação, estão previstas marchas e manifestações em várias cidades.
Entre as reivindicações estão a redução do preço e a melhoria na qualidade dos transportes públicos, mais investimentos na saúde e na educação pública, o aumento do valor das aposentadorias, a diminuição da carga semanal de trabalho e a reforma agrária.
Temas políticos ficaram de fora da pauta comum, mas a Central Única dos Trabalhadores (CUT) acrescentou que também defenderá que a reforma política passe por um plebiscito popular, como deseja a Presidência da República.
Além da CUT, participam da greve geral a Força Sindical, a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central dos Sindicatos Brasileiros, a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil e a Nova Central Sindical dos Trabalhadores.
"O governo atende a bancos e empresários e não atende aos trabalhadores. O governo tem dinheiro para investir na saúde e na educação, mas não investe. Depois das mobilizações de rua que pararam o país em junho, entrarão as organizações de trabalhadores organizadas", disse um dos coordenadores do CSP-Conlutas, Zé Maria de Almeida, na quarta-feira. "Amanhã [quinta-feira] vai ser o primeiro passo, mas a luta vai continuar e vai se fortalecer", completou.
Entre as categorias que divulgaram a intenção de participar da greve estão os funcionários públicos federais, os trabalhadores do metrô de São Paulo, os metalúrgicos do estado de Minas Gerais e da cidade de São José dos Campos, no interior de São Paulo, operários da construção civil do nordeste e do norte do país e trabalhadores do comércio do Rio Grande do Sul.
Professores universitários e da educação básica de diversos estados também afirmaram que vão participar, assim como trabalhadores dos Correios, do setor do petróleo e do setor de transportes da região nordeste do país.
AS/lusa/dpa/abr