Diretor do Bayern afirma que salários irão baixar
3 de janeiro de 2002Dentro em breve, os jogadores de futebol e os clubes alemães terão menos dinheiro à disposição, de acordo com o diretor do Bayern de Munique Uli Hoeness. "A arrecadação dos clubes tende a diminuir. Conseguir fontes de renda será cada vez mais complicado", afirmou o cartola à revista Sportbild.
Ele prevê ainda que, no futuro, será difícil encontrar pessoas físicas dispostas a investir pesado no futebol. Por isso, o caminho plausível para a sobrevivência do esporte seria reestruturar os salários e acabar com as elevadas somas atualmente pagas para a transferência de jogadores.
A exorbitante quantia de mais de 66 milhões de euros desembolsada pelo Real Madrid para a ter em seu time o francês Zinedine Zidane será coisa do passado, acredita Hoeness. "Graças à nova regra da Fifa, que estipula contrato máximo de três anos por atleta, nenhum clube vai querer mais investir tão caro por um prazo tão limitado de tempo."
Apesar de conjeturar uma crise financeira no futebol, o diretor do Bayern acha que isto não abalará o Campeonato Alemão. "A Bundesliga sempre vai viver bem", aposta o empresário. Já em relação aos jogos europeus, o quadro será outro. "A Liga dos Campeões vai continuar existindo, mas com um formato bem mais reduzido."
Euro bem-vindo -
Uli Hoennes elogiou a introdução do euro, afirmando que a nova moeda única européia irá facilitar as negociações internacionais no ramo do futebol. A unificação monetária contribuirá para o fechamento de negócios na Europa e evitará demoras na elaboração de contratos. "Agora não será mais possível tirar vantagens ou cancelar um investimento devido à desvalorização, por exemplo, da lira ou da peseta."