Discurso natalino de Gauck pede consideração por refugiados
24 de dezembro de 2013Em seu tradicional discurso de Natal, transmitido pela televisão alemã nesta terça-feira (24/12), o presidente Joachim Gauck enfocou a importância de dar assistência aos necessitados. Ele conclamou os cidadãos alemães a lembrarem das pessoas em dificuldade e elogiou aqueles que dedicam tempo e energia ao trabalho voluntário.
Neste ano, crises humanitárias na África e no Oriente Médio dominaram as manchetes. "Há muitas razões para as pessoas deixarem suas casas: guerra, fome, perseguição, sofrimento", disse Gauck em seu discurso. "Pensemos no terrível destino das famílias na Síria, pensemos naqueles que estão desesperados e se atrevem a percorrer o perigoso caminho em direção à Europa."
Em 2013, a Alemanha concedeu asilo a cerca de 10 mil refugiados da guerra civil síria. O ano também foi marcado por uma série de trágicos acidentes de barco no Mar Mediterrâneo, o que causaram a morte de centenas de imigrantes africanos.
Os refugiados não vêm para a Europa em busca de mordomia, enfatizou Gauck, eles vêm para fugir da perseguição e da pobreza, "porque aqui eles encontram a liberdade, a justiça e a segurança que lhes são negadas em seus próprios países".
Restrições na política de imigração
Segundo o presidente, a Alemanha não tem como abrigar todos os refugiados, mas face às tragédias, os cidadãos alemães deveriam se perguntar: "Será que estamos fazendo tudo o que podemos para ajudar essas pessoas?"
A relutância em relaxar as restrições para a imigração continua alta na Europa, em parte devido a dificuldades econômicas nos países da zona do euro.
O chefe de Estado alemão também mencionou a importância do trabalho voluntário, especialmente num ano em que enchentes causaram grandes prejuízos no leste do país. "Vocês são um grande presente para a Alemanha", disse Gauck aos voluntários.
O presidente alemão encerrou o discurso deste ano com um apelo para que as pessoas promovam a máxima do Natal: paz sobre a Terra. "Para que o mundo seja um lar para todos nós".