Eduardo Bolsonaro: intenção é mudar embaixada para Jerusalém
15 de dezembro de 2019A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) abriu neste domingo (15/12) um gabinete em Jerusalém, na presença de um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro. Ao assistir à cerimônia de inauguração do escritório, Eduardo Bolsonaro reiterou a vontade do governo brasileiro de mudar a embaixada para a Cidade Santa.
O primeiro-ministro israelense em exercício, Benjamin Netanyahu, classificou o momento como "promissor", e que a "abertura do escritório da Apex em Jerusalém faz parte do acordado pelo reforço de relações israelo-brasileiras e do compromisso do presidente Bolsonaro de abrir uma embaixada em Jerusalém no próximo ano".
O premiê conservador agradeceu que Brasília apoie seu país nos organismos internacionais e salientou "o incrível potencial de cooperação entre os dois países", para o qual a abertura do escritório "vai contribuir bastante".
Eduardo Bolsonaro declarou à agência Efe que o Brasil tenciona classificar o grupo xiita libanês Hisbolá como organização terrorista, e garantiu que a mudança da embaixada transcorrerá antes do fim do atual mandato presidencial, sem dar um prazo concreto. Ele afirmou esperar que a medida tenha "impacto regional", e que o Brasil seja um exemplo para outros países da América Latina seguirem os seus passos.
"No caminho de volta para o Brasil, fiz questão de parar por 10 horas em Israel para ter a honra de discursar na inauguração do escritório de negócios da Apex em Jerusalém. Trata-se do primeiro passo para a transferência da embaixada", escreveu o deputado federal no Twitter.
A nova representação comercial brasileira em Jerusalém não tem estatuto diplomático e, segundo o presidente da Apex, Sergio Segovia, não há planos para que isso mude. O escritório teria sido aberto por estudos técnicos indicarem que a medida seria positiva para a entrada do Brasil no ecossistema de inovação, e, "por sorte, isso coincidiu com o desejo político do governo brasileiro", explicou.
Os Estados Unidos e a Guatemala já transferiram suas embaixadas de Tel Aviv para Jerusalém, após a decisão de Washington de reconhecer a cidade como capital de Israel, rompendo com décadas de consenso internacional. Honduras e Hungria têm escritórios comerciais com estatuto diplomático em Jerusalém, enquanto a República Tcheca mantém um consulado honorário.
AV/lusa,efe
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